Numa sequência mais madura do que o filme original, “T2 Trainspotting” é a prova de que excelentes longas podem ter uma continuação tão boa ou até melhor do que o primeiro. Além disso, Danny Boyle mantém a competência e primor que o fizeram um dos diretores mais renomados da história do cinema (Não podemos esquecer o espetacular “ Quem quer ser um milionário?”, dententor de 8 Oscars, incluindo Melhor Filme e Diretor).
“T2 Trainspottig” mostra a história de Renton (Ewan McGregor), que retorna a sua cidade natal após 20 anos. Ele conseguiu alguma estabilidade na sua vida profissional, com emprego e “limpo”, como dizem os ex-viciados em algum tipo de droga. Os seus companheiros não tiveram a mesma sorte, pois Sick Boy (Johnny Lee Miller) comanda um comércio fracassado, Spud (Ewen Bremmer) continua dependente de heroína e Begbie (Robert Carlyle) está na prisão. Com o passar do tempo, Renton mostra que sua vida não é o que parece e, com isso, acaba cometendo os mesmos crimes de antigamente.
Se no longa original, aonde a juventude sem limites, associada ao consumo desenfreado de heroína era o motor para uma vida insana, sem que fossem medidas as consequências dos seus atos, na continuação o foco é justamente o lamento pelo que poderia ter sido feito de bom, o arrependimento por não ter construído coisas boas ao longo da vida e a certeza de que aqueles tempos não voltam mais. Só que agora, os vícios são outros: redes sociais, perfis falsos, a necessidade de mostrar uma vida plena que, na verdade, não existe.
20 anos após o primeiro, tudo amadureceu: Da direção e roteiro precisos ao elenco em perfeita sintonia, com um toque de humor ácido característico de um filme com essa temática. Comparações à parte, o filme original se tornou um clássico inquestionável, mas isso não quer dizer que sua continuação irá cair no esquecimento, pois tem sequências que são tão boas ou até melhores do que o filme que a concebeu.
Trailer
http://www.youtube.com/watch?v=7G0AGLT43RM&t=1s
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