O Diretor Zach Braff conta de forma bem-humorada um problema sério que aflige não só os Estados Unidos, mas vários países pelo planeta: como tratar os nossos idosos.

O novo longa é baseado no filme de mesmo nome de 1979 dirigido por Martin Brest que também roteirizou com Edward Cannon. No elenco estrelavam: George Burns, Art Carney e Lee Strassberg.

A nova versão conta com quatro grandes nomes do cinema, Michael Caine, Alan Arkin, Morgan Freeman e Christopher Lloyd. Cada um brilha no seu espaço de atuação, sendo que Christopher Lloyd está hilário como Milton. Todas as suas cenas são engraçadas.

O brilho feminino fica por conta da atriz sueca Ann Margret que continua bonita aos 75 anos e traz uma leveza charmosa ao filme que lembra um pouco alguns desenhos animados. E é nesse ponto que o filme começa a valorizar a terceira idade em um dos pontos mais fundamentais da vida: É possível amar em qualquer idade!  Ann Margret interpreta Annie, que é apaixonada por Al, interpretado por Alan Arkin.

O trio de amigos é formado por Joe, Willie e Albert ou como eles chamam, Al. Fica claro que tem um que se destaca na liderança do grupo, que é o caso de Joe, interpretado pelo britânico Michael Caine. Ele fica com o personagem que representa a Inteligência dos idosos tão pouco valorizada e ainda sendo  o provedor e mentor da família.

O divertido do trio é Willie interpretado pelo ator americano Morgan Freeman. Embora esteja passando maus bocados, ele não deixa a peteca cair, e ainda enfrenta um problema de saúde que esconde de todos. Ele representa também o idoso afetuoso que mora distante da família.

Al é rabugento e é desses idosos que falam tudo que vem à cabeça e tem o temperamento mais difícil. O personagem caiu como uma luva para Arkin que brincou com o temperamento cíclico e deu um toque especial na atuação do seu Albert.

E um ponto em comum entre Joe e Willie, marca uma das mensagens mais bonitas do filme, os dois tem um lindo entrosamento com suas netas, as atrizes Ashley Aufderheide que interpreta Kanika, neta de Willie e Joey King interpreta Brooklyn, neta de Joe estão bem entrosadas com seus respectivos avôs.  Esse é um ponto positivo do filme, dar exemplo de como as gerações podem se entrosar tão bem e como as famílias são importantes na vida das pessoas e como os vínculos são criados desde cedo.

Ainda tem no elenco John Ortiz (Velozes e Furiosos 4 e 6) que interpreta Jesus, Peter Serafinowicz (Guardiões da Galáxia) interpreta o genro de Joe, Murphy, Matt Dylon que interpreta o policial do FBI agente Hamer e a encantadora Annabelle Chow que interpreta uma doce menininha que estava no banco na hora do assalto. Não tem como se derreter com o carisma dessa menina. Tomara que invistam na carreira de Annabelle, ela tem futuro.

 

A história é divertida onde três trabalhadores estão prestes a perder tudo pela ganância capitalista de empresas e bancos. Os três resolvem revidar o massacre bolando um roubo ao tal banco. As cenas do banco são muito engraçadas e o ator Josh Pais, da série Ray Donovan, está ótimo como o gerente do banco Chucky, e entrou na brincadeira e deixou o humor tomar conta do personagem.

 
Já vimos filmes que um grupo de pessoas honestas e trabalhadoras resolvem se vingar de seus algozes e partir para o roubo do lhe foi roubado. Mas aqui o filme não mostra só isso, mostra algo mais. Com seu toque de drama em meio a comédia sem ficar piegas. A mensagem que o filme passa vai além de um simples entretenimento. Nos faz pensar em como lidamos e tratamos nossos idosos e como nossos governos tratam os idosos que um dia contribuíram tanto, independentemente de sua atividade profissional. Pode ser qualquer um de nós. Quem garante que seu esforço de hoje será valorizado amanhã? Quem não morre, envelhece, e envelhecer deve ser um prêmio e não uma forma de ser colocado de lado.  São pessoas que contribuíram muito ao longo de suas vidas. As pessoas passam mais horas trabalhando do que em casa com suas famílias ou seus momentos de lazer.  E como podemos ter um futuro melhor se não tratam os idosos com a devida dignidade?

O filme tem uma boa qualidade técnica a começar pelos bons diálogos no roteiro, uma montagem divertida assinada por  Myron I. Kerstein, assim como a trilha sonora de Rob Simonsen que nos ajuda a entrar no clima do filme.

No conjunto da obra “Despedida em Grande Estilo” é um filme divertido com boas atuações e tem algo para nos fazer refletir além de rir.

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