Gostosas Lindas e Sexies, o longa que ficou conhecido como “O Sex and the City brasileiro”, marca a estreia de Ernani Nunes na direção.
O primeiro filme do cineasta acompanha a vida amorosa de quatro amigas acima do peso. Beatriz é uma bem-sucedida jornalista com o coração dividido entre seu belo namorado Daniel e o sedutor Sebastian. Ivone é uma milionária em busca de amor. Tânia é uma atriz que enfrenta uma crise no casamento e Marilu é uma moça que só pensa em se divertir com os homens. 
No que se refere à produção, o filme surpreende ao ser financiado por estúdios de grande porte como Paramount Pictures e Paris Filmes, mas, infelizmente, o longa-metragem prova que o cinema brasileiro está crescendo em estrutura e caindo em qualidade, diferente do que ocorreu no século passado, em que o cinema nacional, apesar de algumas limitações, produziu obras clássicas como Vidas Secas (1963), O Pagador de Promessas(1962) e Orfeu do Carnaval (1959). Filmes premiados e aclamados internacionalmente.
Com o sucesso crescente das comédias brasileiras, o cinema nacional passou a investir em filmes recheados de cenas cômicas, mas tem se esquecido de produzir um humor de qualidade. O roteiro de Gostosas, Lindas e Sexies, escrito por Vinícius Marquez, investe em situações hilárias envolvendo a vida sentimental das protagonistas, no entanto, está repleto de erros de continuidade e piadas de apelo sexual que chegam a ser ridículas, como Beatriz conversando com sua geladeira e Marilu com sua obsessão por genitálias masculinas.
Embora deixe a desejar em alguns pontos, o filme apresenta aspectos positivos como o carisma e o entrosamento das protagonistas em cena, assim como as participações especiais de Paulo Silvino e Marcia Cabrita. Dessa forma, a produção tende a atrair e agradar muito aos fãs de comédias brasileiras.
