Destriução, desiguldade, poder e sobrevivência. Palavras que fazem parte do enredo de um filme muito intenso, dramático e altamente pesado. Sobreviventes – Depois do Terremoto. A produção dirigida por Tae-hwa Eom conta a história de uma cidade reduzida a escombros sem aparente motivo e um prédio sobrevive a tragédia e os moradores começam a receber pessoas de fora para se abrigar, entretanto a disputa por sobrevivência começa e episódios criam conflitos que marcam esta jornada.
O filme é muito intenso na carga dramática das cenas, nas reviravoltas e na construção de uma história repleta de suspense e muita tensão. Não é fácil criar uma história envolvendo desastres e conseguir impor uma carga muito forte de tensão e drama a ponto de mexer intensamente com o espectador. É uma história sólida, de muito impacto e de uma construção bem estruturada.
A história traz cenas que provocam a reflexão do público sobre como a batalha pela sobrevivência mexe com os instintos do poder, causando desiguldade, batalhas por espaço, comida e confltos diversos. Tudo retrato de uma maneira muito densa, que faça o espectador sentir o drama em todos os momentos e isso é fruto de uma fotografia apropriada e de uma edição muito consistente e que valoriza a intensidade e o arco altamente dramático da história.
Além disso, é um filme que tem uma história forte e as atuações de todo o elenco conseguem se sobressair em uma trama totalmente dramática e com complexidades que são bem retratadas em todas as suas nuances. A fotografia também é bem apropriada para as circunstâncias e ressalta a força da história.
Com muitos méritos técnicos, Sobreviventes consegue ser um filme doloroso, dramático e muito robusto em sua história. Conseguir prender a atenção do público com sua força, com o impacto do desenrolar da história e fazer isso sem excessos é para poucos e é um filme que para quem gosta de suspense com uma história bem autoral, com reflexão e com requintes dramáticos.
