Enfim, a Warner faz um verdadeiro filme de super-herói que tem a essência do herói ser super. A escolha da atriz Gal Gadot para levar pela primeira vez a heroína para as telas de cinema, pode não ter sido a mais acertada, mas ela está muito melhor do que sua aparição em “Batman vs Superman” que não chega aos pés do longa de estreia da Mulher Maravilha.

A super-heroína foi lançada em HQ em 8 de dezembro de 1041 e se tornou um ícone importante na cultura pop e a referência feminina dos super-heróis. Em 76 anos de existência, a Mulher Maravilha foi retratada em revistas em quadrinhos, desenhos animados e uma série de TV nos 70 que imortalizou a atriz Linda Carter como a personagem, enfim chega aos cinemas. Vamos considerar que a aparição no ano passado no filme Batman vs Superman não foi das melhores, a aparição que realmente está valendo é essa do filme assinado por Patty Jenkins, que é sem dúvida um dos grandes acertos da Warner Bros.

O roteiro de Allan Heinberg é bom apesar de ter cortado algumas partes interessantes da história de Diana Prince, a princesa da Ilha Paraíso, a Mulher Maravilha. Allan Heinberg já tem experiência com o universo feminino por ter roteirizado séries como: Gilmore Girls, Grey’s Anathomy, Sex In The City e Scandalls, o que ajudou a entender a importância da Mulher Maravilha e tudo que ela representa.

O longa tem 2h20m de boas tomadas, planos esteticamente pensados para transmitir não só a beleza do local e do elenco, mas nos mostrar a grandiosidade da Heroína. Outro acerto foi entregar a direção nas mãos de Patty Jenkins, a mesma diretora do premiado “Monster”. A visão de Jenkins pode ter sido o grande acerto do filme. Podemos ver com clareza que ela não se deixou influenciar pelos outros filmes da DC ou da Marvel e preferiu apostar na sua visão da principal heroína da cultura pop. Não tem aparição de personagens de outros universos. Ela se mostrou uma boa diretora de elenco fez com que Gal Gadot estivesse mais adaptada à personagem.

A Mulher Maravilha tem cenas de ação muito bem executadas com o harmônico trabalho dos efeitos especiais, maquiagem, cabelo, figurino, montagem e uma trilha sonora espetacular do britânico Rupert Gregson-Williams que tem em seu currículo trilhas sonoras do “Até o Último Homem” e a série de TV “The Crown”. A trilha é forte, marcante, mesmo não lembrando nem de longe a boa trilha sonora composta nos anos 70 para a série de TV com Linda Carter, a eterna Mulher Maravilha.

O visual foi valorizado pela fotografia de Matthew Jensen que faz seu melhor trabalho no cinema. E a montagem de Martin Walsh ajudou a imprimir o ritmo de aventura e ação necessários a trama sem exageros, o que é um ponto positivo.

A figurinista britânica Lindy Hemming criou vestimentas de época e a das amazonas com elegância e nos localiza quem são os personagens. Uma preocupação se fez presente com o traje da Mulher Maravilha, já que as roupas de Diana seriam mais fáceis de reproduzir. Como na primeira aparição da Mulher Maravilha no cinema, no filme “Batman vs Superman” não funcionou, e ela ficou mais parecida com Xena, a Princesa Guerreira do que com a Mulher Maravilha, o filme dedicado a ela teria que corrigir esse equívoco.  E Lindy Hemming conseguiu acertar em cheio e o traje da super-heroína ficou digno da Mulher Maravilha, mesmo com a tiara virada de cabeça para baixo. Era de esperar algo assim da figurinista que tem ótimos trabalhos em seu currículo como os filmes de 007, Harry Potter, Lara Croft e Quatro Casamentos e Um Funeral.

O elenco foi bem escolhido para os personagens como: Chris Pine como Major Trevor, Connie Nielsen como Hypolita, mãe de Diana, Robin Wright como Antiope, a Tia de Diana, Saïd Taghmaoui como Sameer, Ewen Bremner como Charlie, Eugene Brave Rock como Chief, Lucy Davis como Etta, Diana ganhou vida em três épocas diferentes com as atrizes Lilly Aspell de 8 anos e Emily Carey de 14 anos e Gal Gadot na fase adulta, os vilões ficam por conta da a atriz espanhola Elena Anaya como Dra. Maru e Danny Huston como Ludendorff. O ator britânico que viveu o Professor Remo Lupin nos filmes de Harry Potter interpreta Sir Patrick que conhece Diana no novo mundo.

O filme é tecnicamente bem executado e funciona muito bem como entretenimento. Vamos aguardar que no próximo filme da Mulher Maravilha possamos ter a famosa “giradinha”, onde Diana se transforma em Mulher Maravilha, e ela possa viajar no seu avião invisível.

 

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