O Oitavo filme da franquia e o terceiro da terceira trilogia é um bom filme para os fãs, mas tem um ritmo um pouco mais lento que de costume. Temos algumas jornadas acontecendo paralelamente, mas ao contrário dos filmes anteriores o foco maior estava nos dramas e dilemas dos personagens.

O universo permanece o mesmo e os detalhes de trilha sonora, estilo de cenários e direção de arte. Enquanto J.J Abramms que dirigiu o sétimo filme, assume a produção deixando a batuta à cargo de Rian Johnson que também roteirizou o Star Wars – Os Últimos Jedis. O roteiro é bom, mas poderia ser mais objetivo. A direção tem uma narrativa mais lenta até segunda metade do filme, onde ele embarca em mais ações em várias frentes divididas na história. Temos o arco da Primeira Ordem, e arco da Aliança Rebelde, da Ray com Luke, da Rey com Kylo Rem/ Ben Solo, e os robôs desse universo sempre são um show à parte. R2D2, C3PO, BB-8 e ainda tem um robô novo, BB-9E, desta vez, ele é vilão da Primeira Ordem.

O elenco é bom e bem equilibrado. As grandes estrelas do filme ainda são Mark Hammil e Carrie Fisher, os irmãos Luke e Leia. O Wookie Chewbacca continua sempre por perto protegendo seus amigos. É estranho assistir um filme de Star Wars sem Han Solo. As novas estrelas são Daisy Ridley como Rey, Jon Boyega como Fin, Oscar Isaacs como Poe Dameron, Adam Drive como Kylo Rem/Ben Solo, Andy Serkins como Snoke, Gwendoline Christie como Capitão Phasma e Domhnall Gleeson como General Nux, Billie Lourd, a filha de Carrie Fisher que interpreta a Tenente Connix e Lupita Nyong’o como Maz Kanata. Chewbacca foi interpretado em todos os filmes por Peter Meyhel e nesse foi interpretado pelo jogador de basquete Joonas Suotamo. Estavam todos nos dois filmes da nova trilogia e agora novos personagens chegam na história. As boas vindas para Laura Dern que interpreta Vice-Almirante Holdo, Benício Del Toro como DJ e Kelly Marie Tran como Rose. A direção de Rian Johnson buscou muito a interpretação emocional do seu elenco para dar mais profundidade nas histórias de cada personagem.

O grande foco do filme está na história dos personagens e seus dilemas. Em meio à guerra travada entre a Primeira Ordem e a Resistência Rebelde a vida segue seu rumo e os dilemas pessoais permeiam entre as batalhas e planos para conquistar os objetivos. Como o diretor escreveu o roteiro fica mais fácil desenvolver a trama idealizada. Os efeitos visuais mostram que o caminho escolhido foi o mais acertado. O uso do CGI deve ser comedido para não ficar artificial, e aqui o trabalho com técnicas tradicionais funcionou muito bem.

A direção de arte foi valorizada com essa opção de efeitos e com a fotografia de   Steve Yedlin que proporcionou um visual mais vibrante e elegante. E já que falamos em elegância, o figurino de  Michael Kaplan não deixa por menos. Os trajes são belíssimos, em especial, o da Princesa Leia e da Vice-Almirante Holdo que ganhou um tom de lilás que combinou com um vestido da mesma família de cores. A atriz Billie Lourd, filha de Carrie Fisher, faz uma homenagem à mãe com o cabelo no mesmo estilo que eternizou a Princesa Leia. E Carrie Fisher desde o último filme usa um penteado novo, sem deixar as características de sua icônica personagem.

Se você observar, os personagens novos, tem referências nos personagens das trilogias anteriores. Kylo Rem, ou Ben Solo, é filho de Leia e Han. Ele recebeu o nome do mestre Jedi Ben Kenobi, se veste como o avô Darth Vader e tem a força de Luke e a fraqueza emocional de seu avô Anakin Skywalker antes de se tornar Darth Vader.

A Rey lembra tanto Luke Skywalker no jeito e nas vestes e lembra a Princesa Leia com a composição de cabelo, maquiagem e determinação guerreira, que lembram não apenas a princesa, mas também Padmé, a mãe de Leia e Luke.

Poe Dameron lembra Han Solo no jeito irreverente de executar suas missões. Seguir ordens que ele discorda não é o forte dele.

Andy Sirkins brilha mais uma vez em um personagem transformado por maquiagem e computação gráfica, mas vamos lembrar que tem um ator dentro dessa vestimenta tecnológica.

Luke tem um visual de mestre Jedi que lembra Ben Kenobi. Sua aparição no último filme foi modesta, e nesse ele tem chance de desenvolver mais seu Luke de Jedi a Mestre com um toque mais maduro e conflituoso. Ele tem ótimas cenas e ele e mestre Yoda lembram que sempre estamos em evolução e com isso os personagens evoluem.

O grande foco gira em torno de uma boa história que tem muito para render e precisa tomar cuidado para fechar a terceira trilogia com a mesma competência que fechou todos os outros filmes. Essa é uma história eternizada para a história do cinema. Um filme que tem vida longa e não vive apenas nas salas de cinema, tem que fechar da mesma forma como começou. Aqui tem um gancho para um desfecho que vai deixar o público ansioso para ver Star Wars 9 e ver como tudo irá se completar como um grande mosaico cinematográfico.

Enquanto o último filme não chega, vamos nos divertir e aproveitar, discutir e avaliar entre as rodas de amigos as teorias sobre Star Wars 8 – Os Últimos Jedis.

 

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