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Alien Romulus - A imagem mostra uma mulher usando traje espacial olhando apreensiva por sobre o ombro em um ambiente escuro. Alien Romulus - A imagem mostra uma mulher usando traje espacial olhando apreensiva por sobre o ombro em um ambiente escuro.

Cinema

Alien Romulus é um Bom Retorno as Origens

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O atual ritmo acelerado com que a indústria de cinema hollywoodiana vem trabalhando suas franquias tem, em muitos casos, levado-as até seu esgotamento junto ao público, seja pelos roteiros fracos que têm sido criados, seja pela insistência em continuar com histórias que já deveriam ter sido encerradas.

A franquia Alien teve um bom começo com seus três primeiros filmes, que traziam bons diretores encabeçando os projetos (Ridley Scott, James Cameron e David Fincher) – é verdade que o próprio Fincher não assina o terceiro filme por desentendimentos com o estúdio, mas ainda assim imprimiu sua marca na obra. Porém após esses três filmes, a franquia sofreu uma queda de qualidade vertiginosa, na qual destacam-se os péssimos Alien vs. Predador.

Após um longo hiato, no qual a história ficou adormecida, o próprio criador de Alien – Ridley Scott – resolveu voltar a esse universo – o que parecia ser uma solução que agradaria tanto ao estúdio quanto aos fãs. Nesse retorno, Ridley Scott criou dois prequel, “Prometheus” (2012) e “Alien: Covenant” (2017). Surpreendentemente, os dois filmes foram fracassos retumbantes. Quando parecia que a franquia estava fadada ao esquecimento de vez, eis que surge uma nova esperança.

O diretor Fede Alvarez (que trouxe de volta o ótimo “A Morte do Demônio” e criou “O Homem das Trevas”) apresenta em “Alien: Romulus” uma história que se passa entre os dois primeiríssimos filmes da franquia – “Alien, o Oitavo Passageiro” e “Aliens, O Resgate”, recriando a atmosfera claustrofóbica da obra original. Apesar de não trazer muitas inovações em termos de ação, seus enquadramentos e jogo de sombras trazem para o filme cenas muito bem realizadas tecnicamente.

“Alien: Romulus” funciona pois pega o que de melhor existe na franquia – o clima de terror do filme original e a ação eletrizante que existe no filme dois, juntando-os em um só. Para completar, ele traz uma ficção científica mais realista, sem usar o cliché dos cientistas que fazem coisas idiotas. Outra grande vantagem do filme é o seu roteiro básico, que não inventa muito na história e que consegue ser bastante funcional: ele fala como uma grande empresa (no caso a Weyland/Yutani) esmaga os sonhos de seus trabalhadores, que acabam tomando atitudes ousadas para fugir da opressão de seus empregadores. A jovem Rain (Cailee Spaeny) vive nas colônias espaciais com Andy, um androide que recuperou do lixo. Quando ela descobre que a empresa irá mantê-la por mais tempo do que o previsto na colônia, ela decide aceitar um convite para fugir do planeta roubando uma nave descomissionada que está na órbita da colônia. O que ela não sabia é que à bordo dessa nave estava a expedição que traria o xenomorfo que entrou na nave Nostromo, conforme visto em “Alien, o Oitavo Passageiro”.

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