Cinema
É Assim que Acaba
Quando entrei no cinema para assistir É Assim que Acaba, confesso que não sabia muito bem o que esperar. Eu não tinha lido o livro de Colleen Hoover e fui sem grandes expectativas, mas saí de lá com o coração completamente mexido.
Logo de cara, fui conquistada pela atuação de Blake Lively. Já acompanhava seu trabalho desde Gossip Girl, e notei como suas atuações vêm melhorando com o passar dos anos. Acredito que Um Pequeno Favor tenha sido seu melhor trabalho até agora. Encontrá-la como Lily Bloom foi uma surpresa agradável. Blake conseguiu se transformar completamente, deixando de lado o glamour que estamos acostumados a ver nela e mergulhando de cabeça em uma personagem tão real e cheia de camadas. Lily é criativa, forte, mas também vulnerável, e Blake capturou tudo isso de uma forma que me fez sentir como se estivesse ao lado dela, vivendo cada momento.
E então, temos Justin Baldoni como Ryle Kincaid. Eu já gostava dele desde Jane, a Virgem, mas aqui ele se superou. Ryle é um personagem complexo, cheio de contradições, e Baldoni trouxe essas nuances à tona de uma maneira que me fez querer entender mais sobre ele, mesmo quando suas ações me deixavam com o coração na mão. Apesar das intrigas na vida real, na tela os momentos de tensão entre Justin e Blake me deixaram com um nó na garganta. Além de ser o diretor do filme.
Visualmente, a forma como Boston é retratada me fez ver a cidade com outros olhos, quase como se eu estivesse caminhando pelas ruas ao lado dos personagens. Cada música parecia ter sido escolhida a dedo para intensificar as emoções que eu já estava sentindo. Não me lembro da última vez que um filme me envolveu tanto, a ponto de me fazer esquecer do mundo lá fora.
Mas o que realmente me tocou foi a amizade entre Lily e Allysa, a irmã de Ryle, interpretada por Jane Slate. Ver como Allysa apoiava Lily, sendo a amiga que todos nós gostaríamos de ter, foi algo que ressoou profundamente em mim. Aquela conexão verdadeira, sem julgamentos, me lembrou das minhas próprias amizades e de como elas são fundamentais na nossa vida.
O que mais me tocou foi a forma como o filme abordou o tema central, Relações Abusivas, assunto tão delicado e pessoal. Saber que a história é baseada nas experiências da autora com o relacionamento abusivo de seus pais trouxe uma camada extra de emoção para mim. Ver como o filme não fugiu do assunto, mas sim o tratou com a seriedade e sensibilidade que ele merece, foi algo que me fez refletir profundamente. Não pude deixar de pensar em quantas pessoas enfrentam situações semelhantes e em como é difícil, às vezes, perceber ou aceitar o que está acontecendo.
Não posso deixar de mencionar Atlas, o primeiro amor de Lily, interpretado por Brandon Sklenar. A história deles, cheia de lembranças e emoções não resolvidas, me pegou de surpresa. O filme conseguiu manter a essência desse relacionamento de uma forma tão bonita que eu senti como se estivesse lendo as páginas do livro, mesmo sem nunca tê-lo lido. E aí talvez seja uma vantagem pois não senti falta de nada.
Saí do cinema diferente de como entrei. Não foi apenas um filme; foi uma experiência que mexeu comigo de um jeito que eu não esperava. É Assim que Acaba não é só uma história; é um lembrete de que a vida é cheia de escolhas difíceis, e que, muitas vezes, o caminho para a felicidade passa por decisões dolorosas.
Recomendo este filme de coração aberto, especialmente se você, assim como eu, está em busca de algo que faça você sentir e refletir profundamente. É Assim que Acaba vai além de ser uma adaptação bem-feita – é uma jornada emocional que vai ficar comigo por muito tempo.
É Assim que Acaba estreou dia 08/08 nos Cinemas
-
Cinema3 meses ago
Twisters
-
Estréias3 meses ago
Estreias nos streaming em Julho de 2024
-
Notícias4 meses ago
Crítica: Vermelho Monet
-
Notícias2 meses ago
-
Eu Recomendo4 meses ago
Crítica: Conduzindo Madeleine
-
Eu Recomendo4 meses ago
Crítica: Clube Zero
-
Eu Recomendo4 meses ago
Crítica: Névoa Prateada
-
Críticas4 meses ago
Crítica: Plano 75