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Críticas

Critica: A Vingança de Cinderela

Lucas Furtado

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Um conto de fadas que ganha ares macabros e altas doses de suspense. Essa é A Vingança de Cinderela que segue o fenômeno de dar novos rumos a conhecidos clássicos infantis. Amor, ambição e destruição fazem parte de uma trama que tem problemas e excessos, mas consegue passar uma nova e nada encantada versão a princesa.

O filme começa com a morte do pai de Cinderela que é morto pela madrasta e por capangas dela. Sem saber do meio como ocorreu da morte, a jovem passa a viver com sua madrasta e suas irmãs malignas na qual é submetida a torturas físicas e psicológicas, entretanto o sonho do príncipe encantado se manteve vivo.

Entretanto, uma fada madrinha aparece na vida da jovem que estava cansada de ser humilhada e agredida de diferentes formas e estimula a vingança sangrenta. Ao entregar uma máscara, Cinderela começa a se vingar uma a uma das pessoas que a fizeram mal.

É um filme de terror em que as grandes cenas de terror só aparece no começo com a morte do pai da protagonista e na segunda metade. A primeira parte retrata as violências que ela sofreu na mão da madastra e suas irmãs e o Jogo de ambições das irmãs pelo príncipe que quer encontrar a pessoa que perdeu o sapatinho no baile. Uma parte que é muito longa e por hora arrastada com falas vazias e algumas cenas que foram irregulares de consistência.

A segunda metade entrega o terror, mas tem excessos no terror que tem um sentido: passar uma Cinderela que nem nos nossos sonhos seria. Tem êxito neste caminho, só que as cenas dão o tom um pouco excessivo de todo na busca de chocar o público. Em vários momentos falta naturalidade e parece que era preciso cumprir o propósito, mas em determinados momentos perdem a mão e fica bem superficial.

Mesmo assim, a atuação de Lauren Staerck como a famosa protagonista é boa, mesmo com os excessos do roteiro. Ela ficou a altura do que a personagem precisava e fez uma atuação digna. Apesar de vezes problemática no começo, a história engrena no fim. Só que os 85mim de duração faz que os defeitos deixasse marcas no resultado final do longa.

Mesmo assim, o fim é também bem construído com o casamento de Cinderela e o príncipe na noite de núpcias e ela dá dois tapas no marido. O episódio é o mesmo da primeira agressão da madastra a protagonista. Um começo de um novo ciclo de violências ou um puro ato de sadomasoquismo? Pergunta que faz o espectador pensar e que é impactante para deixar um tom de mistério a produção, além de bem menos previsível como poderia ser.

A Vingança de Cinderela traz uma história com problemas, mas que deslancha no fim. Com diálogos vazios, mas com uma atuação sólida da protagonista, ele consegue passar o que quer: uma versão má é vingativa de uma doce personagem. O problema é que tem um custo: excesso que torna tudo superficial alguns dos principais momentos para o espectador.

Os atos de violência bem macabros fazem que o filme seja um terror, mas as intrigas familiares que rondam a produção fazem a produção ter ares de suspense e poderia render mais e dar mais velocidade e tempo a história. Esta era uma história que certamente caberia mais do que os seus 85min. Os custos dos problemas do resultado final são significantes, mas mesmo assim cumpre a missão.

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