Críticas
Crítica: O Bastardo
O Bastardo é um filme de luta de poder, nobreza e terra. A produção retrata Ludvig Kahlen, um capitão orgulhoso, mas pobre que quer colonizar uma terra para plantar em nome do Rei. Só que este lugar é dominado pelo extremamente vaidoso Frederik De Schinkel que luta para manter o poder local, p que acaba tornando em uma sangrenta batalha. O filme é tenso e tem uma construção de história regular.
É uma trama com uma produção bastante caprichada e com uma fotografia irretocável. Em todos os momentos, as imagens conseguem expressar todas os sentimentos que são expressadas aumentando o nível da intensidade da história. O capricho técnico é um dos pontos fortes e ajudou a trazer um tom dramático e épico que o filme tem.
A construção da história é sólida e não deixa espaços de sobra para reviravoltas e construção de um maior cenário de tensão. A cena em que Frederik mata um local em uma mesa traz o momento mais impactante do filme: a imagem do corpo dele montado em um cavalo com sua esposa olhando. O silêncio é palpável e conduz a tensão que a história conduz adiante.
As batalhas da disputa pela terra são tecnicamente sólidas e alguns momentos são interessantes pela construção rica de detalhes e explosiva. Além de uma disputa territorial, Ludvog tem o desejo de conquistar o título da nobreza e a produção consegue, mesmo que secundariamente, trazer esse lado com precisão.
As atuações são outro destaque da produção e que chamam a atenção do público. Mads Mikkelsen tem uma atuação primorosa como o capitão e passa para o público todas as camadas de tensão e de emoção na obra. A consistência de sua interpretação é grande e é um dos grandes momentos do filme, sobretudo no arrebatador final.
Do outro lado, Simon Bennebjerg como o Frederik teve várias irregularidades. Apesar de momentos de solidez, ele teve cenas com atuações caricatas e forçadas. A vilania dele é ácida, fala com deboche e arrogância em vários momentos, mas soou superficial e em algumas cenas até comprometeu o resultado delas. Não isso tenha comprometido o saldo do filme, mas é um ponto negativo.
Outro aspecto destoante é algumas cenas que ficaram previsíveis e podem deixar o espectador com a sensação de déja vu. Em especial as cenas de batalhas tiveram essa sensação de faltou algum frescor. Entretanto, o fim foi muito bem construído, autêntico, emocionante e arrebatador.
O Bastardo é um bom filme, sólido, de qualidade técnica indiscutível e tem vários méritos. Apesar de momentos de previsibilidade, ele é um bom filme épico e o diretor Nikolaj Arcel foi preciso trazendo sensibilidade e potência a história na medida certa.
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