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Estreia no Brasil: 04 de agosto de 2016
Estreia no Brasil: 04 de agosto de 2016

Com estréia mundial marcada para 05 de Agosto de 2016, chega aos cinemas, o “Esquadrão Suicida”, a nova aposta da DC Comics–Warner Brothers, para acirrar a disputa pela liderança do mercado cinematográfico de super heróis. Porém, a proposta agora é inédita: Ao contrário do que foi escrito aqui, não estaremos lidando com “super-herois”, e sim com… super-vilões!

O Esquadrão Suicida é uma Força Tarefa americana, comandada pela severa e inescrupulosa Amanda Waller, vivida na atuação magnífica de Viola Davis, que aproveita a “mão-de-obra” dos prisioneiros, chantageando-os em nome do Governo para usarem suas capacidades e cumprir missões quase impossíveis, enganando a todos sobre a natureza das mesmas e ainda fazendo-os de culpados caso a missão falhe.

O filme possui um roteiro redondo, com uma ameaça inesperada que faz sentido, enquanto consegue cumprir habilmente a missão de apresentar os integrantes do grupo de uma forma coesa, sem cansar o espectador. Isto é, exceto por um certo escalador de paredes, previsivelmente encaixado apenas para mostrar que todos os membros ali, são dispensáveis. O destaque vai para a divertida Alerquina de Margot Robbie, que arranca boas risadas com seus devaneios de sanidade mental misturados a uma falsa e deliciosa inocência. A trilha sonora confere um ar nostálgico e os efeitos especiais estão excelentes. A maquiagem usada em Magia (Cara Delevigne), por exemplo, a torna uma assustadora Bruxa, de fazer inveja a qualquer filme de terror.

Outro apontamento interessante que se deriva do filme, é a oportunidade de lançar um novo Coringa neste imberbe Universo DC, em construção desde 2013 após o advento de “Man of Steel” (Homem de Aço). Jared Leto teve a difícil missão de encarnar o personagem, algo que gerou uma grande expectativa no público. O ator, ou talvez a Direção, optaram por dar-lhe um tom diferente, algo mais gangster, mafioso ou mesmo rapper, há quem diga. Estranhamente, vê-se momentos onde o Coringa parece mais, estar possuído, do que de fato, louco. Verdade seja dita, Leto é um ator fantástico, contudo, aqui, mesmo com uma pegada diferente, seu nível da atuação passa distante do vencedor do Oscar Heath Ledger, como o Palhaço do Crime, em “Batman: Cavaleiro das Trevas”, de 2008.

Garantidamente, a película é um bom divertimento, escrita de forma fiel aos quadrinhos. Peca, no entanto, quando a vilania começa a demonstrar sinais de bondade. Nas HQs, o mundo pode estar explodindo e ainda assim, haverá disputa, oportunismo, traição, conflitos egóicos e todos pensarão em seus próprios umbigos. Já no filme, nota-se uma certa catequização dos personagens. E isto é uma pena, pois acaba-se apagando todo charme e a proposta inicial do grupo. A DC deve ter em mente, que as personalidades sociopatas devem ser mantidas, esse é o conflito principal que move a dinâmica tensa das relações dos integrantes. O Esquadrão Suicida deve ser um filme sobre vilões e ponto final. Deixem para fazer um sobre mocinhos com “Liga da Justiça”.

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Ator, dublador, locutor, desenhista, amante da língua inglesa, eterno colecionador de quadrinhos, action figures da DC, X-Men e especialista em GI JOE; é um ariano viciado em aventura, com uma incorrigível natureza nostálgica e uma inveterada paixão pela Sétima Arte, desde que pisou pela primeira vez em uma sala de cinema para assistir "Os Trapalhões na Serra Pelada". Aterrizou de mala e cuia no Rio de Janeiro, aonde reside desde 2008, e tem trabalhado veementemente para também fazer parte do lado de dentro da telona. Porém, toda vez que vai pegar uma sessão, sente aversão ao barulho das pessoas mastigando pipoca de boca aberta e abrindo embalagens, durante o filme.

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