O filme de Julia Rezende é a versão brasileira do sucesso argentino “Um Nobio para mi Mujer” de Juan Taratuto, de 2008, que já ganhou versões na Itália, Corea do Sul, México e agora é a vez da versão brasileira.

A comédia romântica fala sobre a falta de comunicação entre os relacionamentos e a dificuldade na convivência do dia a dia. A história tem como espinha dorsal o casal Chico e Nena vividos por Caco Ciocler e Ingrid Guimarães que estão bem entrosados para dar vida ao casal desencontrado.

O roteiro escrito por Júlia Rezende e Lusa Silvestre contou com a colaboração de Ingrid Guimarães. O caminho escolhido foi respeitar a trama original, mas com um toque de comédia. E funcionou bem. Os diálogos são bem escritos e as falas de Nena são bem engraçadas.

O elenco é bom e é encabeçado por Ingrid Guimarães, Caco Ciocler e Domingos Montagner. Enquanto Ingrid tem um bom tempo de comédia, Caco Ciocler fica com a parte mais dramática e faz uma ótima composição do seu personagem Chico, um homem tímido e tem dificuldade de se impor com os outros. Em contraponto o tal namorado do título fica com Domingos Montagner que interpreta Corvo. Uma caracterização pavorosa, não pelo ator, mas pela composição física do personagem. Uma peruca tão feia e as roupas sem sentido nos faz pensar em uma pergunta a cada aparição do Corvo, “Como que uma mulher exigente e criteriosa como Nena iria se interessar por um tipo largado, desarrumado e com uma aparência sem nenhum bom senso estético? ” Não era para o namorado ser um sedutor?  Bom, mais um mistério do universo.

Também estão no elenco Miá Mello, Paulo Vilhena, Marcos Veras, Paulinho Serra, Letícia Colin, Marcelo Lahan. Eles completam a trama. Enquanto Miá Mello interpreta a melhor amiga de Nena, Graça que é o oposto da amiga e mesmo assim, são as melhores amigas. Paulinho Vilhena interpreta Gastão que tem um programa na internet onde Nena vai trabalhar. Marcos Veras, Paulinho Serra e Marcelo Lahan são os amigos de Chico que Nena não gosta. De quebra, ela também não gosta da esposa de Raca (Marcelo Lahan), a Mariana de Letícia Colin.

Tecnicamente o filme é bem feito. A fotografia é mais escura que segue um pouco a linha do filme original, mas tem cores mais definidas. A trilha sonora é boa, mas não é marcante. A montagem é um ponto positivo e proporciona um bom ritmo ao filme.

A versão brasileira é na verdade um filme divertido com boas risadas, tecnicamente bem feito e de quebra nos faz pensar em como as relações do dia funcionam em todos os setores e não só entre marido e mulher.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui