Uma coisa é certa, a Marvel sabe fazer bons filmes e depois da sua parceria com a Disney, os fãs dos personagens do universo Marvel ficaram bem servidos. Alguns filmes são melhores do que outros, mas quanto a qualidade técnica de imagem, som e conteúdo podemos sempre esperar coisas boas. E sendo assim, Doutor Estranho não poderia ser diferente. Tem um visual deslumbrante e com ótimos efeitos especiais que tem chances de correr ao Oscar, ao Globo de Ouro entre outras competições.

Existem na verdade dois públicos para esse filme, o primeiro público são os fãs dos quadrinhos do Doutor Estranho, e o outro são os que nunca leram a revistinha e estão atraídos ou por ser Marvel, ou por ser fã de Benedict Cumberbatch ou por apenas querer um bom entretenimento audiovisual.

Para quem nunca viu ou ouviu falar nesse estranho médico, que se torna o Mago Supremo da Marvel, vamos conhecer Stephen Stranger, um cirurgião bem-sucedido, arrogante e incrédulo, até o momento em a necessidade faz o sapo pular, ou seja, um acidente tira dele aquilo que ele mais presa para seu trabalho, a firmeza das suas mãos. Quando nada dos recursos que usou funciona, ele recorre à um tratamento alternativo no Nepal. E lá seu cetismo é colocado à prova e ao se deparar com algo que jamais tinha ideia de existir. Ele passa a se dedicar a aprender e lutar por uma causa. A empatia do personagem ganha força na interpretação de Benedict Cumberbatch que entendeu bem o personagem.

O diretor Scott Derrickson que está mais ambientado no universo de filmes de terror como “O Exorcismo de Emily Rose”, “Livrai-nos do Mal” e “A Entidade”, embarca na aventura criada por Stan Lee e Steve Dikto nos anos 60, se sai muito bem em vários aspectos do filme, mas peca pelo excesso de piadas. Algumas funcionam muito bem e outras parecem generosas colheradas de doce de leite, é bom, mas se abusar da quantidade, enjoa. Podemos até entender que Doutor Estranho é algo inteiramente novo na carreira de quem está habituado a assustar e amedrontar o público ao invés de fazer embarcar em aventura com toques de comédia. Mas se somarmos os pontos positivos e negativos, ele passa com louvor, já que o filme tem mais pontos positivos que negativos.

O elenco é ótimo e tem nomes de grandes atores como Benedict Cumberbatch, Tilda Swinton, Mads Mikkelsen, Rachel McAdams, Chiwetel Eijifor, Benjamin Brat, Scott Adkins, Benedict Wong, Michael Stuhlbarg e Amy Landecker. Tem cenas divertidas com os dois Benedicts, Cumberbatch e Wong.

Tilda brilha com sua Maga suprema em uma interpretação minimalista, mas precisa. Mesmo contrariando a origem do personagem que nos quadrinhos era um ancião, um homem oriental e no filme é a atriz britânica com pele branca como a neve, temos que concordar que Tilda Swinton cumpriu bem a tarefa.

Mads Mikkelsen interpreta o vilão Kaecilius. Mais um vilão na sua carreira. O ator dinamarquês tem experiência com os personagens do mal, como o vilão de “007 – Cassino Royale” e o Dr.Hannibal Lecter da série:“Hannibal”.

Chiwetel Ejiofor interpreta complexo o Barão Mordo um dos treinadores do Doutor Estranho. Nos quadrinhos ele já era um adversário do Doutor Estranho e aqui ele começa como um aprendiz do ancião e mestre do Doutor. Sua interpretação anda na corda bamba entre o certo e controlado e da agressividade contida quando se sente contrariado.

Rachel McAddams interpreta a Dra. Christine Palmer, namorada de Stephen. Ela imprime doçura e força que a personagem exige e a química entre eles funciona bem em meio a adrenalina de acontecimentos.

Scott Adkins tem um personagem enfurecido o tempo todo. O ator britânico é lutador de várias artes marciais como Karetê, Muay Tai, Ninjitsu, Wu su, Jiu jitsu, Krav Magá, Capoeira Jeet Kune Do e Ginástica Acrobática, então podemos ver que convocaram um especialista em cenas de ação. Não poderiam ter escolhido melhor. Ele realmente facilitou a vida dos coreógrafos de luta e dificultou a vida de Cumberbatch. Haja fôlego, já que o filme conta com algumas cenas de ação  de tirar o fôlego. Tudo isso regado ao um show de efeitos visuais.

O filme tem um bom roteiro e fala sobre  crença e motivação de cada um. Outro ponto interessante é que temos mais uma peça do enorme quebra-cabeças que a Marvel criou sobre as Joias do Infinito. Aproveitem para apreciar a beleza da direção de arte e dos figurinos entre os dois mundos. Os efeitos sonoros e trilha também são trabalhos que merecem atenção.

De uma coisa é certa, o filme funciona muito bem como entretenimento. E vale a pena assistir em salas com tecnologia como 3D, XD, IMAX, Kinoevolution e X-Plus. Essa é a oportunidade de assistir esse filme com tudo que a tecnologia pode nos proporcionar. Quando chegar na TV, vamos apreciar a história e tudo mais, mas não vamos ter a imersão de sensações que essas salas nos proporcionam em tele grande em sala escura.

Lembre-se que ao começar a passar os créditos finais do filme, tem mais duas cenas extras, então esperem e fiquem até o fim.

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