Após inúmeros adiamentos, “Horizonte Profundo” (DeepWater Horizon no original) finalmente estreia em salas brasileiras. Estrelado por Mark Walhberg e dirigido por Peter Berg, o longa conta a dramática explosão da plataforma de petróleo DeepWater Horizon, que acarretou no maior derramamento de óleo no Golfo do México da história norte – americana.
Desde 2004, quando “O Dia Depois do Amanhã” estreiou nos cinemas, o sub-gênero filme-catástrofe tem estado carente de boas produções, como era feito nos anos 70, sendo que alguns se tornaram clássicos como, por exemplo, Inferno na Torre (1974). Voltando à velha fórmula, “Horizonte Profundo” é, além de um espetáculo visual, dotado de uma carga emocional bastante acentuada, visto o evento catastrófico que deu origem ao filme.
Mark Walhberg interpreta Mike Williams, chefe – eletricista da plataforma em questão, que faz o possível e o impossível para, após o desastre, salvar sua própria vida e a dos demais companheiros de trabalho. Pelo visto, o foco do filme foi justamente as relações interpessoais, desenvolvidas muito bem para um filme do gênero em que geralmente o que se destaca são os efeitos, CG e a destruição incomensurável.
Aliás, falando de parte técnica, um ponto a favor para o longa, pois foi muito bem produzido. Outro ponto positivo foi o roteiro bem escrito de Matthew Sand e Matthew Michael Carnahan, baseado no artigo de David Rohde e Stephanie Saul.
Após alguns deslizes em sua carreira (Como o filme Battleship – A batalha dos mares, que foi um fracasso), o diretor consegue se redimir com essa empreitada que conta uma história real com muita competência. O longa é mais uma parceria entre Peter Berg e Mark Walhberg, que já trabalharam juntos em “O grande herói” (2013) e, para o próximo ano, vem o terceiro trabalho, “Dia de heróis”, que conta a história sobre o atentado a bomba na maratona de Boston. A experiência cinematográfica desse filme certamente fica espetacular numa sala especial, com tecnologia de ponta para poder sentir realmente o que se passa naquele ambiente devastador. Pode – se dizer que “ Horizonte Profundo” é uma das melhores produções desse sub-gênero dos últimos tempos.
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