Penetras 2 se trata de uma continuação, pois uma trama tenta encaixar na outra. A história poderia ser bem construída para prender a atenção do espectador, por se tratar de um grande golpe.  A direção de Andrucha Waddington tem bons planos, já o roteiro de João Paulo Horta, Renato Fagundes, Ulisses Molusco Oliveira é fraco com personagens muito caricatos, totalmente fora da realidade e este tipo de linguagem subestima o espectador pelas suas piadas rasas.

 

Já na primeira sequência, o protagonista Beto (Eduardo Sterblitch) na missa de sétimo dia do seu melhor amigo Marcos (Marcelo Adnet) é tão exagerado no gestual que se torna cansativo e não consegue a empatia do público e isso só vai piorando no seu desenrolar, pois só torcemos por aquilo que acreditamos. No entanto, o elenco todo é mal apresentado, apesar de bem escalado. Mariana Ximenes interpreta Laura, uma oportunista muito apelativa e vulgar que faz de tudo para conseguir o que quer.

 

Além de tratar a morte com tanta banalidade, que nem nos comovemos com a do tremendo cara de pau do Marcos que aparece em forma de espírito para  seu melhor amigo. A cena do restaurante é tão sem nexo, pois Marcos aparece em espírito para Beto e a competição dos dois comendo macarrão não agrada, pois cenas de pessoas comendo devem ser evitadas, ainda mais sem educação.

 

Vale destacar dois momentos: a entrada de Santiago (Danton Mello) na vida de Beto em um atropelamento sem sentido que é a virada da história para o desdobramento do encontro entre Beto e o “gringo” Oleg (Mikhail Bronnikov) em uma exposição de arte, onde descobrimentos que Santiago é mais um golpista essa informação poderia ter mudado o desfecho, mas isto não acontece e a paixão do russo milionário pelo nosso herói torto protagoniza uma verdadeira tragicomédia. Os créditos finais mostra que haverá uma continuação: o acerto de contas entre os golpistas aprendizes.

 

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