Baseado em um dos maiores fenômenos editoriais dos últimos anos, o novo longa inspirado na obra de E.L. James chega ao grande circuito com a promessa de amenizar o execrado“50 Tons de Cinza”.

“50 Tons mais escuros” inícia com o final do relacionamento entre Anastacia Steele (Dakota Johnson) e Christian Grey (Jamie Dornan). Cada um segue sua vida, onde a protagonista começa a trabalhar numa grande editora e Grey continua com sua vida de jovem bilionário e seus gostos peculiares por sadomasoquismo e dominação. Novos personagens aparecem para movimentar a trama. Ainda que o filme persista em erros básicos de produção, a nova empreitada consegue ser melhor que o trabalho de estreia – que foi um fiasco total – salvo a bilheteria que faturou  570 milhões de dólares.

Os novos personagens são justamente o chefe galanteador de Anastacia, Jack Hyde (Eric Johnson) que, no decorrer da trama, se mostra um homem abusivo. Entra também Leila Willians (Bella Heathcote), uma das “submissas” de Christian, que deixa bem evidente um comportamento perturbado quando vê que Anastacia está chegando a um patamar onde ela jamais chegará. Para fechar, Elena Lincoln (Kim Basinger), que também não aceita a escolha do bilionário. A protagonista é cercada de perigo por todos os lados mas, mesmo assim, ela se deixa levar pela sedução e os tais jogos sexuais de Christian e, com isso, decide reatar o namoro mediante novas condições “contratuais”.

Com a mudança de direção, dessa vez nas mãos de James Foler, já que Sam Taylor – Johnson se desentendeu com E.L. James em vista das críticas negativas ao filme anterior, coube ao novo diretor trazer um novo fôlego à trama, mas até certo ponto. O grande problema foi justamente o roteiro mal escrito de Niall Leonard, marido da autora do livro, que proporciona ao telespectador diálogos rasos e bobos, que causaram gargalhadas na plateia. Aliado a isso, o fraco desempenho do elenco, particularmente Jamie Dornan, que mostra um Chistian Grey que não está no livro, devido a sua canastrice e amadorismo. Já Dakota Johnson consegue dar certa seriedade a sua Anastacia, apesar de que seu desempenho no primeiro longa foi mais convincente. Outra que passou em branco foi Kim Basinger, que interpreta Elena Lincoln, a primeira experiência sexual do bilionário, onde fica um tanto prejudicada por conta de suas intervenções cirúrgicas para amenizar os efeitos da velhice e, com isso, a Oscarizada atriz de “Los Angeles – Cidade Proibida” e um dos maiores sex – symbols dos anos 80 deixa a desejar numa fraca atuação.

Mas, como foi dito anteriormente, o longa não é de um todo ruim. A trilha sonora se destaca novamente, agora com “The Scientist”, canção do Coldplay e interpretada aqui por Corinne Bailey Rae, além de “I don’t wanna live forever”, interpretada por Zayn, em parceria com Taylor Swift. Além disso, a impecável direção de arte (Com destaque para o baile de máscaras, simplesmente deslumbrante) e a fotografia maravilhosa, onde nos mostra uma Seattle bucólica e gélida, são os grandes trunfos do filme.

Aos fãs da trilogia, resta esperar até 2018 pela terceira parte da trama, “ Cinquenta tons de liberdade” e que consiga um desfecho decente para essa obra que vendeu milhões de livros ao redor do planeta e alçou E.L. James ao status de grande escritora.

Trailer

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui