A versão argentina do filme francês “Intocáveis” não tem motivo de ser, já que é uma cópia cena a cena da versão francesa. O filme “Intocáveis” é baseado em uma história real da amizade entre um milionário francês tetraplégico e um imigrante tunisiano que vive na periferia em condições precárias, e um ajuda o outro a ter uma vida melhor, foi um dos maiores sucessos do cinema francês. Na versão para o cinema, o tunisiano virou um negro francês levando o mundo a conhecer o talento de Omar Sy e o milionário foi interpretado por François Cluset.

Já a versão argentina, ganhou o nome de “Inseparáveis” e os protagonistas foram transformados em Filipe e Tito, dois argentinos, um milionário tetraplégico e um pobre da periferia com um temperamento irreverente.  Com pequenas mudanças, o filme argentino procura seguir o mesmo caminho do francês, a troca da música de Earth, Wind and Fire para um sucesso argentino e a cor do quadro na galeria de arte de vermelho para azul são as pouquíssimas alterações.

A proposta de fazer versões do mesmo filme em diferentes países não é um bom caminho e só faz o público se irritar com mais do mesmo. O público de cinema está carente de novidades e ultimamente o cinema está com medo de arriscar em algo novo, então prefere copiar, fazer remakes, contar histórias antes e depois de um universo já conhecido do que contar uma história nova.  Isso é algo que nos faz pensar que os produtores de cinema precisam rever seus conceitos.

O filme “Inseparáveis” é bem feito e tecnicamente bom. Para quem gostou da versão francesa, só vai ver o mesmo roteiro na versão argentina. O diretor cumpriu bem com a missão e soube dirigir bem o elenco. Os protagonistas são vividos pelos atores Oscar Martinez e Rodrigo de La Serna que estão bem em seus papéis.  A maior diferença nas atuações são entre o francês Omar Sy e o argentino Rodrigo de La Serna. O estilo de interpretação é diferente e apesar de ser a mesma história, o mesmo personagem é visível que Rodrigo de La Serna fez questão de dar seu jeito para o personagem, um toque irreverente fazer algo que deixe a sua assinatura diferente do que Omar Sy fez.

A comparação é inevitável, já que a versão argentina segue à risca o roteiro do original. Foram pequenas mudanças, mas no geral está tudo igual. Na verdade, a história é ótima, mas será realmente necessário recontar uma história contada recentemente?

Mas já que está feito, vamos a ele!  O filme é bom, bem feito, mas é uma cópia.

 

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