A Maldição da Casa Winchester (Winchester) / Eua, Austrália, 2018. 99 min. / Direção: Spierig Brothers / Com: Hellen Mirren, Jason Clarke, Sarah Snook, Emm Wiseman

 

Filmes que retratam casas assombradas por fantasmas presos a um trauma do passado têm aos montes e infelizmente “A Maldição da Casa Winchester” (Winchester) é apenas mais um nesta extensa lista cinematográfica. Na trama, a viúva de um poderoso empresário de armas, Sarah Winchester (uma apática Helen Mirren) é assombrada por forças demoníacas colocando em prova sua sanidade para continuar os negócios do marido. Os advogados da firma pedem ajuda ao Dr. Eric Pryce (Jason Clarke atuando no automático) para afastá-la dos negócios, mas aos poucos ele se envolve com a maldição da enorme mansão.

Os irmãos Spierig (Michael e Peter), que dirigiram o longa de ficção “O Predestinado” de 2014, são os principais responsáveis pelo conservadorismo desta trama cujo potencial envolve temas interessantes como a legalidade e o comércio das armas de fogo e a construção de algo que nunca termina. Mas roteiro (assinado pelos irmãos) não faz questão de elaborar nenhuma discussão e aposta as fichas no típico enquadramento sombrio onde portas rangem, armários tremem e os personagens saem a procura de alguém na escuridão da noite. O problema deste filme não é somente seu enredo raso e chinfrim, e sim sua estrutura arcaica que está mais interessada em dar sustos à base de aparições repentinas utilizando o velho truque do trem fantasma. A produção de arte tenta (em vão) relembrar os antigos filmes góticos da Hammer (antiga produtora de filmes de terror famosa nos anos 50/60/70), mas a plasticidade dos efeitos computadorizados e o abrandamento das cenas violentas (certamente visando maior bilheteria) esvaziam o conteúdo de um filme sem nenhum charme ou compromisso.

De positivo resta apenas a presença da oscarizada Helen Mirren, que infelizmente não convence como uma viúva aterrorizada por demônios macabros. Ela, assim como todo o elenco, parece não acreditar na infantilidade de uma história já contada diversas vezes cuja maior armadilha é a atmosfera monótona e sem energia. Mesmo sem apelar para as torturas explícitas e o cansativo found footage “A Maldição da Casa Winchester” (Winchester) não consegue agregar nenhum valor ao gênero “mansão mal assombrada” e ainda abre brecha para uma inútil sequência.

                    

1 COMENTÁRIO

  1. O trailer é muito bom e gostei o trabalho de Helen Mirren. Sempre tem bons atores nos filmes de terror e eu amei especialmente a Bill Skarsgard, é uma das azoes pelas quais o filme teve resumos positivos e tambem por tudo o elenco. Vale a pena assistir a It a coisa legendado foi um excelente trabalho de produção da maquiagem, guarda-roupa e design de Pennywise, vale muito à pena, é um dos melhores do seu gênero. Espero que a segunda parte tenha a mesma qualidade de atuação e como eles desenvolvem a história.

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