A tecnologia 3D em exibição de filmes, a partir de AVATAR (dezembro de 2009), tornou-se quase uma rotina cinematográfica. Alguns geram encantam, outros causam alguma apatia e mais alguns acarretam elevação de adrenalina. Claro, todos esses fatores unidos a um bom roteiro e elenco.

RAMPAGE – DESTRUIÇÃO TOTAL entra no rol dos filmes em 3D. Sob a direção do canadense, Brad Peyton (Evelyn: A garota mais linda e malvada – Evelyn, The Cutest Evil Dead Girl, 2002; Como Cães e Gatos 2Cats and Dogs: The Revenge of Kitty Galore, 2010 e Terremoto: A Falha de San AndreasSan Andreas, 2015), ele nos leva, em um primeiro momento do filme, a uma viagem interplanetária, onde uma experimentação genética bastante perigosa, descoberta e produzida por um grupo de irmãos empresários nada honestos.

No elenco estão Dwayne Johnson, Naomie Harris, Jeffrey Dean Morgan, entre outros. Davis Okoye (Dwayne Johnson) é um primatólogo de extrema competência, mas que resolveu isolar-se em uma reserva de animais raros e em perigo de extinção. Nesta, ele cria desde filhote o gorila albino, George.

Dwayne Johnson (Davis Okoye)
Naomie Harris (Dra. Kate Caldwell)
George

Davis Okoye (Dwayne Johnson) estabelece um contato com George que ultrapassa a relação e dicotomia PRIMATÓLOGO X PRIMATA, e sim, uma verdadeira conexão de amizade entre os dois. Pois bem! Em uma noite, George é testemunha da queda de cápsula espacial, a qual estava a tal experimentação genética. Curioso, o gorila pega uma dessas descobertas, causando-lhe uma transformação nada natural.

Nesse meio tempo, o cientista encontra uma personagem fundamental na trama, a Dra. Kate Caldwell (Naomie Harris), PhD em Genética e que trabalhava na empresa dos irmãos empresários. A profissional conhece segredos importantes sobre os dois.

Enquanto isso, George, como sequela por pegar as experiências genéticas, praticamente, quadriplica de tamanho e o seu comportamento também é parte modificado. Começa uma verdadeira caça a George, pelas forças armadas norte-americanas, mais especificamente, Exército e Aeronáutica. O gorila é encarado como uma verdadeira ameaça humana.

RAMPAGE – DESTRUIÇÃO TOTAL tem um nível de adrenalina bem alto, prendendo realmente o público à telona. Como é o filme é exibido em 3D, o mesmo possui cenas bem impactantes, como por exemplo, a batalha do Exército norte-americano com um lobo que sofreu o mesmo impacto que George. No entanto, as cenas aéreas, em linguagem popular, representam uma verdadeira forçação de barra, ao subestimar a inteligência do espectador.

Outro ponto negativo do filme dirige-se a uma das cenas finais. Davis Okoye (Dwayne Johnson) estabeleceu um diálogo com George, podendo-se afirmar praticamente, em LIBRAS. Como o gorila possui uma inteligência impressionante, ele “aconselha” o seu melhor amigo em acabar com sua timidez e partir para o ataque com a Dra. Kate Caldwell (Naomie Harris), sendo que, em gestos literalmente obscenos.  Os roteiristas Carlton Cuse, Adam Sztykiel e Ryan J. Condal, sem nenhuma falsa hipocrisia fomentada, poderiam poupar o público dessas cenas, podendo causar (se não causou) um verdadeiro desrespeito ao gênero feminino, ainda mais, como uma profissional do quilate altíssimo, referente à personagem de Naomie Harris e ao tardio e merecido empoderamento das mulheres.

Deixando muito claro que o personagem principal da trama não cabe ao ator Dwayne Johnson, sem desmerecê-lo, mas o mesmo acabou como coadjuvante. O protagonista, realmente, é o gorila George. A propósito, para quem assistiu impossível não relembrar e realizar uma viagem ao túnel do tempo, com o clássico filme KING KONG, tanto na versão original (1933), como no remake (1976). Mesmo assim, recomendo o filme! Aproveitem!

 

Wellington Lisboa.

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Wellington Lisboa, nascido no bairro das Laranjeiras (mas não é tricolor), formou-se e por duas vezes em Comunicação Social, nas habilitações de Publicidade & Propaganda e Relações Públicas, pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso - FACHA, após cursar a disciplina 'Comunicação & Cinema', com o Professor Carlos Deane, percebeu que o Cinema poderia se tornar a Sétima Arte em sua vida. O falecido Coordenador do Núcleo Artístico e Cultural (NAC), Heleno Alves, propôs a ideia de criar um coral. Foi quando o nosso crítico e colunista enveredou pelo caminho musical. Criado o Coral da FACHA e, logo depois, rebatizado com o nome de DANOCORO, Wellington Lisboa, construiu uma carreira musical, junto com o grupo, ao longo de quase quinze anos. Após concluir as duas habilitações, ele cursou Letras (Português - Italiano) na UFRJ mas, não terminou. Entitulando-se 'um eterno ser em busca de si mesmo', Wellington Lisboa enveredou pela graduação em Cinema, foi quando (re)descobriu que o Jornalismo caminha junto com esta arte.

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