Xenofobia: significa aversão a coisas estrangeiras ou, a pessoas. A palavra é de origem grega, originada dos termos ξένος, “xénos”, estranho, forasteiro e φόβος, “phóbos”, fobia, medo, pavor, aversão. É claro e evidente, fomenta pré-julgamento, se não, o próprio, pré-conceito, isto é, formação de um prévio conceito de costumes, religiões, povos, etnias, etc. sem dominar o(s) tema(s). E mesmo dominando, infelizmente, esta é linguagem que utilizada em pleno século XXI, ou seja, um paradigma, um padrão a ser seguido.
A introdução acima faz lembrar o argumento principal do livro 1984, best seller escrito por George Orwell. Mas na verdade, é para apresentar a crítica ao filme, GRINGO: VIVO OU MORTO – GRINGO. Ante a direção do australiano, Nash Edgerton (Matrix Reloaded, 2003; Sangue Jovem – Son of a Gun, 2014; Jane tem uma arma – Jane Got a Gun, 2016), leva o público a filme de ação com pitadas de bom humor, e não, um filme de comédia. O mesmo tem piadas, algumas interessantes, outras patéticas.
Os roteiristas Anthony Tambakis e Matthew Stone contam a história de um executivo de uma importante empresado ramo farmacêutico, que se vê em ameaça de ser demitido em função de uma suposta fusão da empresa em que trabalha com outra empresa. Na verdade, essa suposta fusão esconde uma história de tráfico de drogas entre o suposto amigo empresário e “comerciantes” de entorpecentes no México.
No elenco estão David Oyelowo, Charlize Theron, , Amanda Seyfried e Harry Treadaway e Thandie Newton.
Harold Soyinka (David Oyelowo) é um grande executivo de uma indústria farmacêutica, emprego esse oferecido pelo o seu grande amigo, Richard Rusk (Joel Edgerton), o dono da empresa. Mas esta organização também é comandada por Elaine (Charlize Theron).
Em paralelo à principal história, ocorre a trama de dois personagens, Sunny (Amanda Seyfried) e Miles (Harry Treadaway). Ambos são namorados, mas com papel fundamental em todo o enredo do filme, esclarecido a partir da metade do filme.
GRINGO: VIVO OU MORTO – GRINGO tem cenas de ação até empolgantes, mas o destaque, pequeno, em que dou, é para a vilã Elaine (Charlize Theron). Embora a personagem encare o caricato em alguns momentos do filme, o realce maior fica nos diálogos da mesma, revelando mesmo um total despudor em suas ações.
Fica claro o confronto e discurso xenofóbico, sobre os costumes e hábitos americanos e mexicanos, destacando-se o discurso americano, um certo discurso “Donald Trump”. Mas a retórica mexicana não fica atrás, devolvendo na mesma moeda.
O longa, do meio até o final, arrasta-se, dando a impressão de monotonia. Em suma, o filme não é de todo ruim, mas poderia melhorar. Com boa vontade, nota 6,5.
Assistam ao filme!
Wellington Lisboa.