O cinema nacional fecha com chave de ouro o ano de 2018. O filme “Minha Vida Em Marte” é a continuação da adaptação para o cinema da peça “Os Homens São de Marte É Pra lá Quee Eu Vou” com a dupla Monica Martelli e Paulo Gustavo.

No primeiro filme o personagem Fernanda de Monica Martelli conta suas desventuras amorosas e nesse segundo, ela já está casada com Tom, personagem de Marcos Palmeiras e com o casamento em crise. E o mais bonito do filme é que fala da amizade entre Fernanda e Aníbal personagem de Paulo Gustavo.

Para quem quer um filme alto astral esse é o filme!

Minha Vida em Marte é uma ode ao amor divino que é a amizade. Engraçado e divertido, não é um filme de piadas, mas a graça está nas situações, onde as pessoas podem se identificar ou lembrar da história parecida de algum conhecido.

O roteiro é bem elaborado e se preocupa mais em contar uma história como se estivesse contando para um amigo. Os diálogos são bons, e claro que Paulo Gustavo coloca seu toque pessoal no texto e no jeitinho de falar. A química entre Mônica Martelli e Paulo Gustavo funciona com uma sintonia muito harmônica. Pode ser devido à amizade dos dois atores ao longo de muitos anos. E por mais que eles estejam interpretando a energia é transmitida para a tela e transborda para a sala de cinema. Quem assiste é inundado pelo belo passeio na montanha russa das emoções que cercam essa relação. Entre passagens divertidas e furadas, certas coisas são os amigos que embarcam nas nossas roubadas e dão apoio nos momentos difíceis e estão por perto compartilhando as coisas boas. O mais interessante é que esse roteiro funciona da forma mais inesperada, tem muitas cabeças criativas para um projeto só. O que poderia atrapalhar, acaba funcionando muito bem. São cinco artistas criativos que conduzem em como desenvolver o enredo, os personagens, as situações, e o mais importante, o ponto de partida e chegada do filme. Sem isso qualquer roteiro se perde e deixa a obra confusa. esse time é formado por: Emanuel Aragão, Julia Lordello, a diretora Susana Garcia, os atores Paulo Gustavo e Mônica Martelli.

Tecnicamente o filme é bom. Susana Garcia entende a essência dessa história e consegue transmitir no conjunto da obra. O elenco é bem dirigido e não é fácil dirigir Paulo Gustavo que tem criatividade pulsante. As tomadas escolhidas foram acertadas como as tomadas das cenas da natureza onde Fernanda e Anibal se hospedam para ficar zen. Os figurinos ajudam a contar essa história e a direção de arte caprichou nos elementos. A fotografia de Rodrigo Carvalho funciona como um atrativo para história. E a trilha sonora de Fabiano Krieger e Lucas Marcier pontua bem o filme nos conduzindo nos diversos momentos que variam entre os divertidos e os dramáticos. A montagem é simples sem nada demais, mas funciona.

E no conjunto da obra  temos um longa que cumpre com sua proposta original que é contar essa história, divertir  e fazer a gente pensar nas relações, situações do dia a dia e das prioridades de cada um nas situações que vão se apresentando ao longo da vida.

 

Então divirta-se! Boas risadas são bem-vindas! Se emocione, chore se sentir vontade e se puder vá ao cinema com seus amigos queridos!

 

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