Amazônia Sociedade Anônima

O primeiro longa-metragem de Estêvão Ciavatta, diretor e sócio fundador da Pindorama Filmes, não foge ao tema recorrente de suas produções, em que se tornou referência:  questões sociais e ambientais. O documentário trata do futuro da maior floresta ainda existente no planeta, a Amazônia.

O filme começa com a chegada da rodovia BR-163 ao estado do Pará, que representa a ideia ultrapassada de progresso e exploração das áreas de florestas públicas. E inicia-se um leilão entre grileiros, totalmente ilegal. De um lado a indústria madeireira fazendo derrubadas ilegais e do outro a indústria pecuarista fazendo queimadas criminosas para a abertura de pasto. E no meio disso tudo, os indígenas lutam para a permanência da terra em que seus antepassados viveram.

Ciavatta faz uma escolha clara e necessária de posição política ao colocar o Cacique Juarez Saw Munduruku como protagonista do filme e mostrar sua liderança no meio dos índios e ribeirinhos. O cacique se torna uma espécie de herói que diante do fracasso do Estado traça uma jornada de luta para enfrentar a máfias de roubo da Amazônia.

Com esse tema mais recorrente e indispensável do que nunca, o documentário faz atualizações e mostra a piora da situação ambiental no atual governo, deixando a questão ainda aberta.

 

 

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