Judy de “queridinha” ao drama com o alcoolismo.

 

Judy, filme que conta a trajetória de Judy Garland, atriz e cantora famosa pelo papel em “O Mágico de Oz” (1939), e que deu à atriz Renée Zellweger o Globo de Ouro de melhor atriz.

O filme transcorre sobre a vida de Judy Garland ao longo da história. A partir de uma análise histórica da vida da cantora, e atriz do clássico filme Mágico de Oz os desafios, a glória, os percalços e as aventura da cantora que mudou uma geração de fãs do cinema e do musical. A atriz Renée que interpreta atravessa de forma orgânica, e visceral a biografia, além de viver a vida de abusos e álcool da trajetória da estrela. A direção de Rupert Goold traz as apresentações da cantora no clube The Talk of The Town em Londres entre 1968 e 1969.

  As cenas de show, assim como os bastidores mostram a vida de uma cantora na decadência, e os longos momentos de solidão. Dessa forma, podemos entender um pouco do que é a vida nos palcos, e como a exposição dessas estrelas transformam todo a estrutura social. No filme mostra também os abusos sofridos pela cantora durante toda a sua infância, dos momentos que seus agentes a mantinham sob o silêncio, até os casamentos infortúnios.

O diretor, Rupert traz uma adaptação da peça “Judy Garland – O Fim do Arco-Íris”, de Peter Quilter, e não deixa nenhuma das falhas trágicas da protagonista de fora do enredo. Os momentos de transgressão, e movimentos de rebeldia nos estúdios das filmagens de Mágico de Oz, até a relação com a super assistente denotam os desafios da atriz em trabalhar com uma grande estrela com graves problemas psicológicos. De tal forma que transformam a atriz Renée Zellweger na favorita para o Oscar em 2020.

  O filme não deixa passar os momentos em que a cantora é incentivada desde a infância ao vício em anfetaminas, que contribuem para o distúrbio alimentar da atriz mirim pelo diretor do estúdios da MGM. As consequências dessa pressão na alimentação durante as gravações no Mágico de Oz, deixam claro o desequilíbrio psíquico e emocional. A prática de controle sobre os corpos das atrizes, e a pressão estética nas mulheres estão presentes até os dias atuais.       E a forma de apresentação dessa narrativa no cinema é fundamental para um processo de desconstrução desses ambientes, que até então foram silenciados. Hoje as busca por um ambiente de trabalho menos machista nos estúdios, e nas salas de ensaios só é possível às denúncias constantes das atrizes frente aos abusos cometidos por diretores e produtores.

 

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