Jojo Rabbit chega as salas de cinema como uma comédia para fazer pensar. A sátira sobre o nazismo mostra que é uma crítica importantemente necessária nos dias de hoje.  Ao mostrar situações absurdas ele vai direto ao ponto. É isso mesmo que você quer?  E foi assim que o Neozelandês Taika Waititi escreveu o roteiro, dirigiu, produziu e atuou como Adolf Hittler imaginário com muita maestria.

 

Waititi escreveu o roteiro inspirado no Best-Seller “Caging Skies” de Christine Leunnens. E nada melhor que o criador mergulhar na obra que quer contar para atingir seu objetivo com sucesso. Ele permitiu que a comunicação ganhasse vida através da comédia como sátira e em alguns momentos com toques de humor negro, e isso sem perder a doçura e o encantamento. E assim ele faz você pensar e questionar. Para que o filme ganhasse a vida imaginada pelo roteirista ele produziu o longa proporcionando uma criação mais confortável para dirigir Jojo Rabbit de acordo com suas ideias.

O personagem central é o menino de 10 anos Jojo. Seu amigo imaginário é Adolf Hitler, já que ele é seu ídolo. O menino comprou a ideia do nazismo que foi vendida para ele e para várias outras crianças. Ao longo da trama Jojo vai descobrindo todo processo. O amigo imaginário é interpretado por Taika Waititi que está ótimo dando o tom certo para desenvolver as cenas que contracena com o ótimo Roman Griffin Davis. O jovem ator britânico tem muito talento e segura bem o filme. O diretor entendeu o tesouro que tinha nas mãos e soube tirar o melhor. Roman Griffin Davis teve ótimas cenas com sua mãe, Rosie vivida por Scarlett Johanson que está brilhante no personagem, com Sam Rockwell que interpreta o Capitão Klenzendorf que é um nazista não por convicção, e sim com contingência. Assim como seu braço direito o soldado Finkel, vivido por Alfie Allen (Game of Thrones). Outro bom companheiro de cena e é o melhor amigo de Jojo, Yorki vivido pelo também ator estreante Arthie Yates.  E todas as cenas com Thomasin McKenzie que interpreta a judia Elsa escondida em sua casa são primorosas.

Com um bom roteiro, uma direção primorosa não só pelas tomadas, mas também a direção de elenco, o filme é tecnicamente excelente. A trilha sonora de Michael Giachinno foi inteligente e ajudou muito a ambientar o filme. Algumas canções dos Beatles em alemão nos ajudam a entender a mensagem. O figurino de Mayes C. Rubeo é impressionante e rendeu uma indicação ao Oscar 2020. A maquiagem é bem feita e Tom Eagles fez uma montagem cuidadosa com um bom ritmo. A fotografia   Mihai Malaimare Jr.          Trabalha uma estética que nos dá a sensação de estar na época da segunda guerra só que com um toque de cor. Muito diferente das graduações de preto, cinza e branco tradicional em filmes de guerra. A estética do filme é elegante e consegue dar beleza em momentos que precisa transmitir sensações e emoções.

Jojo Rabbit é um filme importante para os dias de hoje. É para fazer pensar e ver o quanto é absurda e ridícula é a guerra, qualquer guerra.

 

 

 

 

 

 

 

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