Turma da Mônica, de Maurício de Sousa (Foto: YouTube)

As histórias em quadrinhos são um meio de comunicação em que palavras e imagens são usadas para contar uma história. Os estilos e os gêneros variam de artista para artista, assim como o formato. Também conhecidas como HQ, bandas desenhadas e gibis, as histórias em quadrinhos tem origem na Europa, com o surgimento de técnicas de reprodução gráfica que permitiam a combinação de texto e imagem. Os primeiros quadrinhos tinham legendas na parte inferior dos quadros, alguns exemplos são: “Histoires en Estampes” (Suíça, 1846), de Rodolphe Töpffer; “Max uns Moritz” (Alemanha, 1865), de Wilhelm Busch; e “As Cobranças” (Brasil, 1867), por Angelo Agostini.

Ainda no século XIX, começaram a surgir histórias em quadrinhos mais parecidas com as que são conhecidas hoje. Joseph Pulitzer e William Randolph Hearst, donos de cadeias de jornais dos Estados Unidos, criaram os suplementos dominicais, para atingir imigrantes e semianalfabetos e aumentar as vendas. No início, por serem histórias de humor, as HQs eram chamadas de “comics”. O mais famoso da época é o “Yellow Kid” (1895), de Richard Outcault.

Finalmente, nos anos 1930, a era de ouro dos quadrinhos chegou e trouxe os novos gêneros, como histórias de ficção científica, policiais, de guerra, entre outros. Os destaques nos EUA foram “Super-Homem” (1938), de Joe Shuster e Jerry Siegel, e “Batman” (1939), de Bob Kane. Já no Brasil, surgiram, alguns anos antes, o “Suplemento Infantil” (1934), “Globo Juvenil e Mirim” (1937) e “Gibi” (1939).

A partir daí, os gibis foram popularizadas ao redor do mundo. Depois de ganharem adaptações para a televisão e o cinema baseadas em suas aventuras, os personagens das editoras DC Comics e Marvel Comics estão presentes no imaginário coletivo de diferentes países. Enquanto isso, “Turma da Mônica” (1976), de Maurício de Sousa, e “O Menino Maluquinho” (1980), de Ziraldo, fazem parte da vida de gerações de brasileiros, os quais acompanham as histórias em HQs, mangás, desenhos animados e filmes em live action.

Para celebrar a importância das histórias em quadrinhos, no dia 30 de janeiro é comemorado o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos, cuja data marca a primeira publicação de Angelo Agostini. Por isso, o Cinema para Sempre selecionou o trabalho de alguns dos inúmeros artistas brasileiros que merecem reconhecimento. Confira a lista abaixo e boa leitura!

1. Daytripper – Fábio Moon e Gabriel Bá

Daytripper, de Fábio Moon e Gabriel Bá (Foto: Vertigo-Panini)

Publicada pela Panini, pelo selo Vertigo, “Daytripper” conta a história de Brás de Oliva Domingos, filho de um famoso escritor brasileiro, que escreve obituários e sonha em se tornar um autor de sucesso. Cada dia na vida de Brás é como a página de um livro ao revelar as pessoas e coisas que o fizeram ser quem é: sua mãe e seu pai, seu filho e seu melhor amigo, seu primeiro amor e o amor de sua vida. Até que seus dias têm uma reviravolta que ele nunca antecipou. Fábio Moon e Gabriel Bá ganharam os prêmios Eisner e Eagle pela publicação.

2. Samurai Shirô – Danilo Beyruth

Samurai Shirô, de Daniel Beyruth (Foto: DarkSide Books)

Ambientada no bairro da Liberdade, em São Paulo, “Samurai Shirô” acompanha Akemi, descendente de japoneses que conhece um homem estranho e sem memória com uma katana e começa a ser perseguida pelos yakuzas. Ela precisa enfrentá-los, assim como seu passado, para sobreviver. Publicada pela DarkSide Books, pelo selo DarkSide Graphic Novel, a HQ ganhou uma adaptação para o cinema. O longa Princesa da Yakusa é dirigido por Vicente Amorim e tem previsão de estreia em 2020.

3. Bear – Bianca Pinheiro

Quadros de Bear, de Bianca Pinheiro (Foto: Reprodução)

A webcomic narra as aventuras de Raven e seu amigo urso ao redor do mundo, em busca de um lar. “Bear” está disponível online, além de versões em inglês, francês e extras. Existe ainda uma série de livros homônima publicada pela Editora Nemo.

 

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