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“Contrapor” (Contradict) é um documentário que mostra um pouco de Gana, país africano. Usa dos depoimentos e tem personagens que se destacam como FOKN Bois, uma dupla irreverente. São rappers que cantam a ironia da África ser tão rica e tão pobre. As cenas em que pedem esmolas para ajudar a salvar a América são importantes e a grande base do filme na mensagem que passa.

Em verdade, são diversos rappers, músicos e poetas que aparecem mostrando suas letras críticas à realidade em que vivem. Será que a mudança é possível? A pergunta fica no ar durante toda a exibição, enquanto acompanhamos aqueles artistas ganenses. A cantora Adomaa ganha destaque como a força feminina, uma artista que vem ganhando repercussão dentro e fora de Gana.

Aliás, veja o trailer (em inglês):

O melhor de tudo é ver um pouco do cotidiano desses artistas em suas realidades únicas e perceber esse país através do olhar deles e dos diretores suíços Peter Guyer e Thomas Burkhalter. Afinal, como se deu o desenvolvimento da globalização em Gana e no continente africano? Esses cineastas suíços buscam estas respostas junto com sete músicos de Gana. São eles, M3NSA, Wanlov The Kubolor, Adomaa, Worlasi, Akan, Mutombo Da Poet e Potera Asantewa. Todos criaram novas músicas e produziram videoclipes especialmente para o documentário.

Por volta de uma hora do filme, momento de debate em cima do Cristianismo e sua influência na cultura de Gana, o uso da religião para a manipulação. O documentário traz uma visão suíça sobre Gana, ou seja, duas culturas pouco conhecidas pelo Brasil. Só por isso já tem valor. A realização não decepciona como cinema também e é eficiente em apresentar o que pretende nessa mescla de música, audiovisual e sociologia. No filme não falta gana de evoluir e fazer da arte instrumento para isso.

*O Cinema Para Sempre recebeu o convite para ver antes alguns dos principais filmes do Panorama Digital do Cinema Suíço que chega à sua 8ª edição, a primeira online. A missão ficou com o jornalista cultural Alvaro Tallarico. O evento acontece de 27 de agosto a 6 de setembro e busca aproximar brasileiros da produção cinematográfica suíça. Os filmes serão exibidos gratuitamente na plataforma Sesc Digital. O festival é uma realização do Consulado da Suíça em São Paulo e do Sesc São Paulo, em parceria com a agência de cinema Swiss Films.

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