A Trilha sonora merece aplausos de pé!

 

Esse é um dos filmes mais esperados do ano e vamos enfim conferir o sexto filme da fase 4. Temos o retorno do herói interpretado por Chris Hemsworth há 11 anos novamente pelo olhar do diretor Taika Waititi que também atua como Krong, o amigo de pedra que Thor conheceu em “Thor: Ragnarok”. Temos o retorno de Natalie Portman à sua personagem Dra. Jane Foster, o amor da vida do Deus do Trovão.

Novamente temos o retorno de Taika Waititi em dose tripla. O Neozelandês Dirigiu, roteirizou e atuou como um dos melhores amigos de Thor, o gigante de pedra Korg.  Ele até criou uma trama interessante, mas o tom do humor acentuado, apagou o drama e deixou um desequilíbrio entre comédia e drama, o que resultou um distanciamento entre o público e a emoção que poderia ter vindo do drama. A construção do vilão e a motivação de seus atos foi realmente bem construída e ele tem uma boa costura de início, meio e fim. Pena que seu drama não foi bem explorado. O mesmo acontece com Jane que enfrenta um câncer e o chamado de Mjolnir para se tornar a Poderosa Thor.

Talvez pode ter sido pelo foco desse filme em querer  atingir o público infanto juvenil, e sim, tem Thor com as crianças Asgardianas que vivem em Nova Asgard na Terra. A proposta é deixar Thor tão popular com as crianças, quanto seus colegas Vingadores como: Capitão América, Homem de Ferro e Homem Aranha.

A repetição da fórmula de contar histórias de forma que o contador da história imprima seu jeitinho peculiar de contar perde a força, exatamente por virou a marca registrada de Luiz, personagem interpretado por Michael Peña, que é o melhor amigo do Vingador Scott Lang, o Homem Formiga, interpretado por Paul Rudd. Não que não tenha ficado engraçado, ficou, mas poderia ter um jeito novo de fazer isso. E quem conta a história é Korg, o equivalente de Luiz.

O elenco é muito bem escalado e todos estão bem. Desde os personagens que já fazem parte da história e até os novos personagens como o vilão interpretado por Christian Bale, Gorr, O Carniceiro dos Deuses, Zeus interpretado por Russel Crowe, e Jonny Brugh que interpreta o Deus Rapu. Um dos pontos altos é a volta de Natalie Portman como a dra. Jane Foster, o amor da vida de Thor. Sua ultima aparição como Jane Foster foi em “Thor 2: O Mundo Sombrio”.  É bom ver Thor em sua temporada como um dos Guardiões da Galáxia. Ficou divertido ver como ele interagia com Peter Quill, Rocket, Groot, Drax, Mantis e Nebulosa. Tem algumas participações interessantes ao longo do flme como: Elsa Pataki, esposa de Chris Hemsworth, que interpreta a Mulher Lobo, Ben Falcone que intrpreta um Asgardiano, Ryan Gosling que dubla Beta Ray Bill.  

Foi interessante ver como Valquíria está governando Nova Asgard. E mais uma vez Tessa Thompson dá vida a Valquíria e se une a Thor para mais uma batalha.

Um outro ponto positivo foi o ator Kieron L. Dyer que interpreta o filho de Heimdall, Astrid ou Axl  como ele mesmo prefere se chamar. O jovem ator ganha espaço e mostra que tem potencial para ir além.

Uma das melhores coisas do filme é a fotografia Barry Idoine que trabalha com cores vivas e de repente entra um preto e branco que valoriza a cena e eleva não só o visual, mas também dá vida a simbologias. Ficou realmente muito bonito esse casamento entre o visual e as mensagens.

Assim, como Idoine, outro que merece aplauso de pé é o músico Michael Giacchino que levou a trilha sonora a potência máxima! Um show de canções que vai de Gun’s N Roses, Michael Raphael, ABBA, Mary J. Blige, Ciara, Ginger Johnson, Enya e até uma canção de Taika Waititi. Só de Guns’n Roses tem as músicas: “Welcome to The Jungle”, “Paradise City”, “Sweet Child O’Mine” e “November Rain”.  

É a trilha sonora que ambienta as intenções de cada cena e está perfeita!

A montagem conta com os editores Jennifer Vecchiarello, Matthew Schmidt, , Peter S. Elliot e Tim Roche que deram bom ritmo e souberam como unir tempo real, histórias contadas e trazer fluidez para os efeitos visuais. E por falar em Efeitos,  vale ressaltar que os produtores podem investir mais nas maquiagens ficam bem melhores que efeitos de computação o tempo todo. Aqui tem espaço para os efeitos de computador, maquiagens e efeitos mecânicos. É bom saber que estão apostando em atores maquiados além dos personagens com efeitos visuais de computação. A maquiagem do Vilão foi bem elaborada, assim como a caracterização de Korg por computação gráfica. Mas só de encontrarem o equilíbrio entre eles é um ponto positivo. 

O figurino de Mayes C. Rubeo foi outro ponto a ser observado. As roupas do Thor estão todas adequadas para o personagem e mostra muito de seus momentos. Como ele passou muito tempo com os Guardiões da Galáxia, as cores azul e amarelo, da nave de Peter Quill, está na roupa nova do herói. O mesmo acontece com as roupas de Rei Valquíria. E a brincadeira em criar uma roupa para o Zeus de Russel Crowe foi divertida. A roupa lembra um pouco a roupa do personagem do ator no filme “Gladiador”.

Apesar de não se aprofundarem nas mitologias apresentadas, eles usam os Deuses para uma piada a mais. Tinha necessidade disso? Pois é, não precisava, mas tudo bem, mesmo assim, vale a pena embarcar na aventura. 

No fim das contas “Thor Amor e  Trovão”  é um filme divertido que cumpre com sua proposta de não se levar a sério, mas erra na dosagem do drama. Mesmo assim, vale uma conferida nos cinema e se puder, vale conferir em uma sala com tecnologia para que a imersão de imagem e som possa tornar a experiência mais divertida. 

 

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