Um dos filmes mais aguardados do ano, enfim chega as telas de cinema em 20 de outubro. O astro Dwayne Johnson é uma das figuras que mais trabalha em Hollywood tanto como ator, quanto produtor. Esse projeto é algo que ele vem buscando há 10 anos. O universo cinematográfico da DC vem enfrentando muitos problemas e uma inconsitência e falta de coerência entre seus filmes. E depois de uma troca de cadeiras no comando da Warner, existe uma expectativa em relação ao filme produzido e estrelado por Dwayne Johnson. 

Assim como ele está ansioso para mostrar seu filme, críticos e público estão ansiosos para saber qual caminho que esse personagem da DC irá tomar. Então vamos ao Adão Negro!

Para começar a direção do filme  está nas mãos do espanhol Jaume Collet-Serra que já trabalhou com Dwayne Johnson em “Jungle Cruise”. E nos dois filmes, os problemas são os mesmos: Excesso de CGI e erros no roteiro.

O filme tem bons momentos e o carisma de Dwayne Johnson e Pierce Brosnan são o ponto alto do filme.

O roteiro escrito pelo trio Sohrab Noshirvani, Rory Haines e Adam Sztykiel  é interessante, mas é uma pena que eles deixaram alguns furos passarem o que ajuda a comprometer o andamento da história. O roteiro é clichê?  Sim, mas nem sempre clichê é ruim. O protagonista é um vilão da DC que nasceu da opressão e foi escolhido como campeão do Mago Shazam e seus poderes eram associados aos Deus Egípcios. Esse lado político da história é positivo para mostrar como a opressão e tirania podem criar grandes heróis ou grandes vilões.  Ele seria uma versão malvada do Capitão Marvel que também recebeu seus poderes do mesmo Mago só que ele compartilhou as virtudes com Billy Paxton dos Deuses Gregos.  A proposta aqui é transformar Adão Negro em um anti-herói. O que é estranho porque ele é um dos principais rivais do Capitão Marvel e é considerado o 16º maior vilão dos quadrinhos. Mas é dificil olhar para o The Rock, um das figuras mais carismáticas do cinema e ver um vilão. Talvez por isso, a DC resolveu transformar o vilão em anti-herói. 

A história de origem do personagem é baseada na mitologia egípcia e como não é um personagem que tenha sua origem tão conhecida do grande público, os produtores se permitem a criar em cima da história sem se preocupar com as reclamações que os fãs possam vir a fazer.  Até esse ponto podemos entender que é necessária alguma mudança para transformar o vilão em anti-herói.

Se o caminho é esse, os três roteiristas poderiam ter tomado cuidado em não cometer deslizes como a heroína Adrianna e sua família se esconderem em casa onde o chefe dos bandidos sabe onde é, e manda seus bandidos procurarem por ela. Ele também não reconhece a reencarnação do filho e da mulher. Bom, tirando isso. O resto flui. Ele resolve incluir na história a Sociedade da Justiça o que é interessante. Alguns prsonagens da Sociedade já foram apresentados na série “Legends Of Tomorrow” entram na trama, mas ficou restrito ao Kent que é o Sr. Destino que aqui é interpretado por Pierce Brosnan, Gavião Negro que aqui é interpretado por Aldis Hodges, mas o personagem ficou chato, os dois integrantes restantes ficam por conta de Maxine Hunkell, a Ciclone, interpretada por Quintessa Swindell e o Átomo, interpretado por Noah Cetineo. Os dois últimos ficaram parecendo os estagiários. O Átomo ficou uma mistura de Homem Formiga e Flash bem bobo. E a Ciclone foi tão mal aproveitada que mais parecia uma figurante de luxo. A Sociedade da Justiça tem vários personagens e o filme não aproveitou como deveria.    

Gostaria de ressaltar a atenção dos produtores de Hollywood que efeitos especiais e principalmente o CGI servem para ajudar na produção, e não para atrapalhar como tem sido não apenas com “Adão Negro”, muitas produções se perdem pelo excesso. Esse excesso faz com que o filme se torne cansativo e as lutas são longas e massantes, assim como a destruição da casa de Adrianna sem nenhuma necessidade. 

Se diminuissem os efeitos e corrigissem os  furos no roteiro, “Adão Negro” poderia entrar na galeria dos melhores filmes da DC. Vamos dizer que apesar dos pontos negativos o filme tem seus méritos e pode ser divertido para quem não se importar com isso.

Mesmo assim, Dwayne Johnson tem seus méritos e conta com meu apoio para se tornar o CEO da DC. É importante que um CEO entenda a essência do universo da DC e ele entende e trouxe Henry Cavill para voltar a ser o Superman. 

Quem sabe um próximo filme com Adão Negro, os erros possam ser corrigidos e teremos enfim, um filme merecedor do Universo Cinematográfico da DC. 

Enquanto isso não acontece, aproveite e divirta-se!  

 

 

 

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