Kristin (Toni Collette) é uma típica americana que vive no subúrbio, casada e mãe de um filho. Ela leva uma vida normal até que recebe uma ligação informando a morte de seu avô, que residia na Itália, e é convocada por sua família italiana a comparecer ao enterro. Vivendo uma crise em seu casamento e com o filho a caminho da faculdade, Kristin pensa que a viagem para o funeral vai ajudá-la a esquecer seus problemas e possibilitará que ela viva um fim de semana maravilhoso na terra dos seus sonhos. Chegando lá, ela é surpreendida pela revelação de que sua família pertence à Máfia e que seu avô havia pedido em testamento que ela se tornasse a sua sucessora. Com essa simples sinopse, já sabemos que não podemos esperar nada demais deste filme.

 

“Mafia Mamma” claramente quer brincar com os diversos clichês presentes em “filmes de máfia”, adicionando um personagem de fora dentro desse contexto em busca de “boas piadas”. Além desse tipo de história também já ter se tornado um clichê em si, o humor apresentado nesse filme é bastante raso e óbvio. Poucas situações se destacam nesta obra, e a trama acaba se tornando esquecível logo depois que você assiste. O elenco, que conta com Toni Collette e Monica Bellucci, duas grandes atrizes, é desperdiçado nesta história, no qual uma mãe super insegura se torna em pouquíssimo tempo uma chefe da máfia de respeito.

 

“Mafia Mamma” tenta ser um filme feminista: além de ter duas protagonistas mulheres, o filme tem em sua equipe principal uma diretora e duas roteiristas. Ainda assim, essa é uma tentativa frustrada. A protagonista começa o filme como uma mulher escandalosa e nervosa, e se torna uma pessoa centrada e calma depois de ter sua primeira relação sexual após anos de abstinência – essa trama parece ter sido escrita por um roteirista machista dos anos 80.

 

O espectador que nunca tenha assistido um filme sobre a máfia, ou mesmo uma comédia dentro desse gênero, pode se divertir assistindo esta película e até pode se interessar em assistir outras obras desse estilo a partir desta. Porém aquele espectador que já tem uma bagagem nesse tema dificilmente tirará alguma coisa deste filme, tendo em vista que esse tipo de trama já foi explorado pelo cinema em excesso – e as viradas do roteiro de “Mafia Mamma” são de um óbvio ululante. Os poucos momentos que podem arrancar um tímido sorriso do espectador experiente vêm das brincadeiras que fazem com o clássico “O Poderoso Chefão”, ou dos pouquíssimos momentos engraçados vividos pelos coadjuvantes em cena.

 

Infelizmente “Mafia Mamma” se mostra um filme fraco, estrelado por duas grandes atrizes – e é apenas isso.

 

Nota: 2,0 estrelas

 

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