O diretor e roteirista Christopher Nolan resolveu contar a história do físico americano J. Robert Oppenheimer. Hollywood tem apostado muito em biografia, ainda mais quando é baseada em  livro. Existem várias formas de contar um história real baseada em livros e o cinema está repletos de filmes que contam histórias assim. Algumas ótimas, outras boas e outras muito ruins. A biografia de J. Robert Oppenheimer, segundo  Christopher Nolan teria tudo para ser um grande filme, mas ele consegue ser um filme razoável. O que salva o filme é qualidade técnica e o elenco espetacular, mas como contador de histórias, Nolan deixa a desejar como diretor e como roteirista por falta de habilidade em ser objetivo com suas propostas.

Vamos por partes! 

Os pontos positivos de “Oppenheimer” estão na estética do filme que como nos filmes do diretor sempre primam por uma estética elegante. E também nos efeitos sonoros. O elenco também merece mérito e nisso o diretor acerta em tirar o melhor de cada um deles. Cillian Murphy tem chances de receber uma indicação ao Oscar de Melhor ator por sua interpretação de Robert Oppenheimer, assim como Robert Downey Jr uma indicação como ator coadjuvante por sua interpretação como Lewis Strauss. Vale ressaltar que apesar de poucas cenas o trabalho de Tom Conti como Albert Eisenstein está espetacular. Ele realmente encarnou o personagem não apenas na caracterização, mas no jeito de andar e falar. As atrizes Emily Blunt e Florence Pugh tem trabalhos intensos e também existe possibilidade de indicação para qualquer uma das duas. Como são 83 atores e atrizes fica mais complicado falar de cada um. E pode ser até divertido encontrar os atores que vão surgindo ao longo das 3h.  

A direção de arte é bem retratada, assim como o figurino e maquiagem que caracterizaram os atores para seus personagens.

O grande problema do filme está na falta de objetividade em contar uma história, com sempre nos filmes do Nolan. Ele fica feliz em não se comunicar com o público e quanto mais ele confunde, mais ele gosta.

O que posso dizer de “Oppenheimer”  que é melhor do que seus filmes anteriores, mas ainda precisa melhorar muito no quesito: Contador de Histórias. E nisso ele não é bom!  

Ele precisa parar de fazer filmes de 3h. São cansativos e maçantes. Além disso, o filme tem muita informação visual e sonora. A trilha sonora é irritante e em alguns momentos o som abafa os diálogos. Então os pontos negativos pesam muito.

Com isso, temos um filme longo, cansativo, com excesso de informação visual e sonora, mas com qualidade técnica e boas atuações.

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