A nova versão cinematográfica de uma das mais conhecidas obras literárias brasileiras, Dom Casmurro de Machado de Assis, tem méritos de poder trazer esta peça que gera um dos debates mais acalorados de novo em cena e ser um filme ágil. É um longa de 1h12min de duração e que foca nas memórias da relação entre Bentinho e Capitu. 

E no desenrolar da história, a gente nota que a história tem construções de ganhos interessantes que tendem mostrar o quão conturbada foi a relação entre os dois. A fotografia é um dos pontos altos com muita qualdade e que dá um requinte a trama. A edição tem alguns pontos que deixaram um pouco confuso, sobretudo no meio da história. 

Entretanto, mesmo com estes pontos confusos, a construção da história não chegou a ser totalmente compreendida, sobretudo por ser um filme regado de flashbacks. O desenlance no filme também é um ponto muito interessante.

A busca de pontos de partida através da pintura e das flores é muito fascinante e funcionou muito bem no filme. As escolhas destas concepções fizeram a diferença no resultado do filme. Lucas Barbi, diretor de fotografia do filme, fez um excelente trabalho na escolha destas concepções. 

A atuação de Mariana Ximenes como Capitu é excelente e consegue trazer todo o espírito que a trama quer trazer ao espectador. Da mesma forma, o Enrique Diaz no papel de Casmurro. A forma como ele conta as memórias e atua na trama é relevante e correta ao que a trama requeria. 

O filme tem bons méritos que superam os pontos confusos de edição e é um filme que dá um frescor a uma obra clássica da história e cumpre o objetivo de trazer uma perspectiva nova a trama. 

 

 

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