Human Lost é um filme de ação com contextos fortemente dramáticos. Tem como aspectos muito interessantes a luta pela longevidade e também a guerra de classes. A história se baseia em 2036 com um tratamento que combate a morte, mas que é usado apenas por ricos. Yoko se junta a um grupo de motoqueiros do seu amigo a um point da elite chamado The Inside e sua vida se torna um inferno.
O longa tem uma história com um enredo que tem muitas nuances e carrega as tintas na ação. Tem desenvolvimentos interesantes, boas reviravoltas, mas também há cenas que poderiam ser facilmente encurtadas e que acabaram destoando o filme. 1h50 de filme foi um pouco longo demais para a história. Se o filme tivesse dez minutos a menos ficaria em um ponto ideal para o que se propõe.
A edição foi um ponto central que comprometeu o filme, por mais que houvesse diálogos interessantes, ela fez o filme perder o fôlego ao longo do caminho. A parte intermediária do filme, em especial, teve cenas ali que foram se alongando demasiadamente. Alguns momentos também foi previsível, sobretudo em momentos mais sangrentos, mas nada que comprometesse o arco narrativo.
O resultado de tudo isso é um filme regular que traz uma história, tem um forte teor simbólico, mas tem problemas que o prejudicam. Nem sempre quanto mais tempo rende uma boa história e o Human Lost é um exemplo disso.
OBS: crítica do filme em face de sua exibição na Sato Cinema em São Paulo no dia 30 de julho. O filme de 2019 será exibido em sessões às 12h05 e 16h20. O espaço fica localizado dentro do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil (andar térreo), Rua São Joaquim, 381 no bairro da Liberdade.