O antigo amálgama Xuxa/Marlene Mattos aparece finalmente no quarto episódio de “Xuxa, o Documentário”.

Era um dos momentos mais esperados da série e começa muito bem por causa de toda atenção e das descobertas que vão acontecendo durante o diálogo, dirigido e mediado por Pedro Bial, que não se arrisca.

Algo que fica bem explícito apesar de não ser o objetivo é o quanto Marlene era relevante e necessária controlando tudo. Colocar nela o rótulo de vilã seria extremamente cruel. Apesar dela ser acusada de crueldade diversas vezes fica claro que ela tinha sim um alto nível de exigência e também um cuidado muito grande com todas aquelas pessoas.

Responsa de Marlene Mattos

Ela tinha uma responsabilidade que ninguém mais tinha. Uma responsabilidade que só foi aumentando a medida que a fama de Xuxa também crescia.

Marlene se mostra bastante autêntica, apesar de começar a conversa ainda com certo medo. Contudo, aos poucos, se solta mais e, ao ser cutucada, fala coisas como que as paquitas vivem de terem sido paquitas até hoje. Mas ela admite que sim talvez mudasse uma coisa outra na trajetória.

Ao mesmo tempo fica óbvia a toxicidade do relacionamento que no final das contas era sim claramente abusivo a ponto de Marlene entrar e acompanhar um exame ginecológico da apresentadora e trancá-la nos hotéis.

Mas a conversa, de repente, acaba

19 anos de jornada juntas, onde eram  um tipo de amálgama. Infinitas histórias, obviamente.

19 anos separadas. Essa conversa parecia que seria o ponto alto do documentário. Mas é como se na verdade elas não pudessem aprofundar porque, pare para pensar, o quanto realmente sabem uma da outra? O quanto só elas sabem? Perigoso, né?

Entretanto, o mito Xuxa não pode ser abalado. Ou seja, a série segue mantendo essa blindagem. E, após um ótimo e instigante primeiro episódio, a docussérie da Globoplay vai decepcionando nos seguintes.

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