Ithaka: A Luta de Assange traz uma visão nova da luta do fundador do WikiLeaks contra a sua extradição para os Estados Unidos: a ótica do pai que acompanha a história e participa dos movimentos em prol de sua libertação. Um dos personagens mais importantes do noticiário nos últimos anos tem neste documentário, uma forma de ativismo a medida que se aproxima a apreciação de seu último recurso ser julgado na Suprema Corte britânica contra a decisão de extraditá-lo. 

O documentário tem uma visão de toda a família que se preocupa com o tratamento do seu filho na prisão e que defende sua imagem e em especial de John Shipton, pai de Julian Assange. Este é a grande novidade de um longa que não tem a intenção de inovar, mas propõe apenas trazer esta ótica nova. Em aspectos técnicos, é correto em termos de edição e roteiro, contudo ele é um pouco longo e começa a se tornar cansativo. 

A falta de tópicos que rendam 1h46min fazem o documentário na reta final ficar enfadonho. Há dois pontos que podem ser causa desta situação que é a utilização em demasia de clipes da imprensa sobre os mais diferentes assuntos e algumas cenas captadas que ficaram na montagem acima do que fosse necessário. Se o documentário ficasse 20min menor seria adequado ao que trouxe de história. Uma edição ágil torna qualquer construção de história mais impactante e interessante ao público, inclusive em novas óticas de temas bastante abordados. 

Ithaka busca uma forma de ativismo através do cinema, através de uma narrativa construída com um enfoque novo sobre o caso e com aspectos humanos. Esta ligação pai-filho busca humanizar o debate sobre a história e fortalecer a batalha do ativista e é o ponto central em todo o documentário. 

 

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