Propriedade traz uma abordagem diferente sobre os conflitos de classes. A história retrata a venda de uma fazenda para a construção de um hotel e que causa revolta  dos trabalhadores do local contra a família. Uma das pessoas da família que é uma reclusa estilista fica enclausula em um carro blindado para fugir da confusão, entretanto a colisão ocorre em um suspense com pitadas de ação e tensão.

É um filme com boa fotografia, com uma edição ágil e consegue criar o clima de muita tensão e fúria que o suspense propõe trazer e este são principais aspectos de destaque. A atuação das protagonistas que são feitas por Malu Galli que atua como a estilista e de Zuleika Ferreira como uma das líderes do movimento e que viu seu marido ser morto de uma maneira repentina também são destaques.

Contudo o roteiro do filme é previsível. Apesar dos esforços de construir bons ganchos, ter cenas bem produzidas e que são capazes de prender o espectador, não é tão difícil notar os desdobeamentos da história e o que irá acontecer. Faltou mais desenlances a história e isso faz a produção perder o seu impacto, apesar dos aspectos positivos.

O propósito de fazer uma abordagem forte sobre estes conflitos é cumprido e tecnicamente a produção é correta. Contudo, Propriedade, mesmo com suas intenções e pontos de destaque, consegue ser dominado pela previsibilidade do roteiro, o que prejudica a produção e a força de sua história.

 

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