Esse é o segundo filme de Aquaman, super-herói da DC Comics, e na verdade, o último filme da era Snyder na DC, administrada pela Warner Bros. Um ciclo se fecha para começar o reboot de todos os filmes de super-heróis da empresa na visão de sua nova dupla James Gunn e Peter Safran serão responsáveis pelos filmes, séries e animações. Enquanto Gunn lida com o lado criativo dos projetos e Safran com a produção e negócios. E a partir dessas mudanças, esse filme não foi uma aposta da Warner Bros. E muitas especulações surgiram em relação às expectativas desse filme, muitas apostas que o filme era ruim por ter tido sua estreia  adiada ou de que seria muito bom, já que o primeiro foi ótimo e teve um bom retorno para a empresa.

Eu fui sem nenhuma expectativa! Não sabia o que esperar! O que acabou sendo positivo. Expectativas baixas, abrem mais possibilidades para dar ao filme uma chance de entender sua real proposta.

Então, o que descobri foi um filme que cumpre com suas metas. Ele se propõe a ser um entretenimento,  e cumpre!  Ele respeita o primeiro filme em relação à construção dos personagens e narrativa dando sequência a história contada no primeiro filme.  Outra meta cumprida é sobre relações familiares, reconciliação, redenção e perdão, e ainda tem uma mensagem importante sobre meio ambiente, muito importante nos dias de hoje. Do encerramento de uma era, a Warner acertou na escolha do filme, “Aquaman 2: Reino Perdido” é o melhor filme da DC desse ano.

Mesmo com pontos positivos, não esperem um filme grandioso ou alguma novidade, esse é um filme de fechamento de uma era, então não tem razão de investimentos de novidade ou de alguma grandiosidade. Esse é um filme feijão com arroz, mas um feijão com arroz bem-feito!

A qualidade técnica se mantém com a mesmo equipe. O diretor James Wan do primeiro filme, continua como diretor e roteirista consegue dar espaço para contar o que é necessário e mostra os personagens com tempo certo de aparição na história.

Começamos com a qualidade da direção de  fotografia de Don Burgess que mantém a luminosidade e as cores vivas como no primeiro filme.

A direção de arte também trabalhou os elementos do filme, embora esse tenha bastante efeitos visuais. Mas tudo bem-feito. Os efeitos visuais continuam ótimos! Esse continua o legado do primeiro filme. A montagem não tem nada demais, mas deixa o filme coerente.

A trilha sonora de  Rupert Gregson-Williams também mantem a qualidade que criou para o primeiro filme. Ele compôs a maioria das canções do filme, mas uma coisa não faz sentido, no filme do Aquaman, não está na trilha a canção tema do herói, “Arthur’s Theme”. Só perguntando para Rupert Gregson-Williams,  por que deixar um buraco desse em uma trilha sonora tão boa?

O elenco está muito bem. Os atores e atrizes do primeiro filme retornam com exceção de William Dafoe que interpreta o mentor de Arthur, Vulko. O entrosamento entre Jason Momoa e Patrick Wilson é muito bom e funciona bem entre os dois irmãos que tiveram seus problemas e precisam se unir para salvar o mundo da catástrofe que o ódio e a sede de vingança do Arraia Negra pode provocar. A relação entre eles é construída. No final do primeiro filme, Aquaman diz ao irmão Orm que eles irão conversar quando ele estiver pronto. E isso é aproveitado para dar andamento na história.

O personagem de Randall Park, Dr. Stephen Shin tem mais destaque nesse filme, assim como vemos mais do vilão Arraia Negra interpretado por Yahya Abdul-Mateen II.

É bom ver Nicole Kidman como a rainha Atlana exercendo suas funções. E a polêmica atriz Amber Heard que interpreta a Princesa Mera no Primeiro filme, se torna Rainha ao casar com Aquaman. E mãe do príncipe Arthur Cury Jr. Durante o julgamento do caso de absudo doméstico entre ela e o ex-marido Jonnhy Depp, a Warner não sabia se mantinha a atriz ou a demitia e contratava outra para o papel, como fizeram com Jonnhy Depp na sequência de “Animais Fantásticos”, onde ele interpretava o vilão Grindewald. No fim das contas, a solução foi diminuir a participação da atriz no filme. Por incrível que pareça, a participação dela ficou menor, mas sem perder a importância da personagem.

O filme tem uma boa dosagem de drama, humor, tensão e prende atenção. Tem uma cena não muito agradável, quando Arthur quer aprontar para o irmão Orm.

Quando o filme acabar, não saia da sala, tem cena pós-créditos!

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