O que falar sobre o oitavo filme de uma das franquias de maior sucesso da Universal Studios? A primeira informação é que o filme é divertido e cumpre com a missão de mostrar os valores que a franquia tanto preza e consegue transformar a tristeza com perda de Paul Walker em algo positivo. Eles deixam claro que Paul sempre será da família.

Então o que eles precisavam? Viajar, uma trama interessante, um conflito de rivais que tem que trabalhar juntos, um vilão ou vilã sinistros para ter motivação suficiente para juntar esse time e claro, ter muitas cenas de ação.

O roteirista Chris Morgan merece aplausos a parte! Ele conseguiu uma boa trama, motivação, muitas referências cinematográficas e caprichou na construção dos personagens de Charlize Theron e Hellem Mirrem.  As duas deram um show à parte. Cada uma tem um Oscar e um talento absurdo. Enquanto Charlize já trabalhou com o diretor que já sabe como trabalhar com ela, Hellem está confortável em filmes de ação e comédia e chega como se fosse uma rainha. Charlize usou muito o olhar para atuar até na hora de falar seu texto o olhar fazia diferença. Enquanto Hellem pega sua experiencia como aposentada e perigosa e capricha nessa Britânica excêntrica mesmo que por tempo em cena. Vale a pena cada minuto.

O diretor F. Gary Gray já dirigiu mais de 30 videoclips de astros da música e bons filmes como “Italian Job” (no Brasil: “Uma Saída de Mestre), “Be Cool – O Outro Nome do Jogo” e o mais recente é “Straight Outta Compton: A História do N.W.A. de 2015, então podemos esperar pelo menos diversão e movimento. E Velozes e Furiosos 8 tem de sobra.

Cenas espetaculares que nos lembram os filmes de James Bond e suas cenas “pra lá” de absurdas, mas empolgantes. Cenas mentirosas tem que fazer parte dessa filosofia.  Tem uma cena espetacular de profusão de carros por todos os lados que com certeza será lembrada por muito tempo. A cena é tão bem-feita que nos deixa curiosos para saber como foi o processo para chegar naquele resultado final.

A equipe de efeitos visuais trabalhou como nunca na franquia e valeu a pena. Os efeitos tanto quanto a montagem são pontos cruciais para filme funcionar como planejado.

A montagem tem sua apoteose em três momentos de destaques do filme. Sem uma boa montagem não daria certo.  Uma cena é a tradicional disputa de carros, a outra cena que mencionei sobre os carros em profusão, outra é uma luta espetacular protagonizada por Jason Stantham.

A fotografia de  Stephen F. Windon mostrou de cara que voltou para continuar vivendo na adrenalina. Cores vivas, imagens cristalinas foram pontos fortes das escolhas feitas por Windon. Valorizou as imagens espetaculares imaginadas por efeito dominó, uma peça para funcionar precisa de uma que precisa de outra assim por diante.

A Trilha Sonora é assinada pelo queridinho do momento Brian Tyler que manteve a linha musical, mas com um toque mais moderno.

O figurino é assinado por Sanja Milkovic Hays desde o primeiro filme. Está tudo bacana, mas uma ressalva precisa ser feita, é bem desagradável como todos as mulheres que participam dos rachas estão quase peladas, os shorts são tão mínimos que causa constrangimento. As saias são piores. Não importa o país, mas toda vez que a mulheres nas cenas das corridas são retratadas causa uma sensação de estar vendendo uma imagem errada das mulheres. É constrangedor nesse aspecto. Uma mulher pode ser sexy e estar vestida de acordo não precisa dessa exposição que só serve apara explorar o corpo das mulheres em cena enão acrescenta nada para a história.

A direção de arte caprichou nos equipamentos e adereços de cenas. As locações também são bonitas.

Tecnicamente o filme cumpre com a missão de proporcionar um entretenimento de qualidade e aproveita para mandar sua mensagem “A Família é o Mais Importante”. Apesar de Brian e Mia não estarem nessa história, eles estão presentes no texto e em algumas referências.

Um novo Brian foi convocado. Calma, explico:  O ator Scott Eastwood, filho do ator e diretor Clint Eastwood, está no elenco como um policial que entra no espírito do time e tem o mesmo tipo físico de Paul Walker. Ele não será o Brian, mas terá um lugar cativo na franquia. Afinal, Toreto precisa de um parceiro a altura. Ele está bem e terá chance de mostrar muito mais daqui pra frente.

A turma de sempre continua a mesma. Os atores estão confortáveis em seus personagens que já convivem há tanto tempo com eles que a intimidade entre os atores e os personagens ganha a maturidade natural do tempo de convivência.

Quem é fã da série vai gostar e quem não é, vale a pena se divertir e entrar na brincadeira.

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