

Críticas
Crítica: A Hora do Vampiro, O Ritual
O filme de baixo orçamento marca a estreia do ator Léo Peres na direção. Para começar sua jornada como diretor, Peres escolheu um monstro clássico da literatura europeia, o Vampiro.
Esse personagem que habita o imaginário coletivo desde o lançamento do livro do autor irlandês, Bram Stoker, publicado em 1897.
A partir desse livro várias vertentes artísticas beberam dessa fonte para criar inúmeras histórias para o teatro, cinema e televisão que abriu um leque entre programas na linha de shows, novelas e até a indústria da música embarcou na onda do Drácula.
Apostando nesse fascínio que o príncipe das trevas exerce entre as pessoas por gerações, que Peres conta sua versão da história do Drácula.
Podemos dizer que o filme tem acertos e erros como se quem jogasse uma partida de batalha naval.
Primeiro vamos falar sobre os acertos. Para começar, o filme é ambientado na cidade de Araruama, uma cidade pequena no litoral fluminense. Um local muito visitado pelos cariocas em feriados e férias.
A direção de rte acertou nas locações e mostrou a beleza da cidade de dia e a crueza soturna do clima noturno de um terror light. Os objetos de cena, os carros e a moto usada por Van Helsing mostra uma vontade de acertar muito grande e acertaram! Para um primeiro filme, está no caminho certo. As tomadas são interessantes e os planos abertos valorizaram a estética da produção.
A fotografia também ajudou a valorizar a estética com momentos de luz, cor e imagens limpas e o escuro estava escuro na medida certa porque permite que o público enxergue o que se passa na cena.

O problema está na direção de elenco e no roteiro.
O roteiro é o esqueleto do filme, é o que sustenta o corpo. Uma pena porque o roteiro tem uma proposta interessante, mas peca nos diálogos que ficaram artificiais. Abrasileirar a história com personagens clássicos como Drácula, Van Helsing e Reinfield ficou engraçado. Talvez porque a lenda pertença a cultura de outro povo que é longe da nossa, fica mais difícil acreditar na história.
Uma pena que a peça chave do filme, o elenco, não funcionou. As falas soaram artificiais demais. O ator que estava mais natural, estava fora de contexto. Um ator interpreta uma tia que imita D. Herminia do filme “Minha Mãe É Uma Peça “.
O elenco parecia ter decorado o texto, mas faltou entonação e uma ligação entre os diálogos dos personagens.
Outro ponto negativo: a policial, que é quem investiga as mortes e os sumiços da população, tem o nome de Gata. Ninguém tem esse nome. Entendi que era para ser um gancho de uma piada, além de não ser boa, ela é repetida algumas vezes. Uma dica: piada não se repete no mesmo filme. Se for boa, perde a força. Se não for, fica chato.
No resumo da ópera, o filme tem qualidade técnica, mas peca na parte artística. O mais importante é não ter medo de se arriscar e arregaçar as mangas e fazer um filme. A primeira produção é sempre um experimento das possibilidades e agora é absorver e caprichar nos acertos e ficar atento para não cometer os mesmos erros.
Vamos aguardar o próximo filme de Léo Peres!
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