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Crítica: A Musa de Bonnard

Lucas Furtado

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A história de amor entre Pierre Bonnard e Marthe de Méligny é retratada em A Musa de Bonnard. Com direção de Martin Provost que também assina o roteiro junto com Marc Abdelnour, a produção conta como Marthe foi importante para os rumos do pintor francês e que ocupou um terço de suas obras. É uma trama dramática e muito profunda que conta detalhes que vão além do “piloto da felicidade”, como denominado pelos franceses.

É uma produção que exige atenção do espectador devido ao registro da história que é cheia de detalhes e vários deles importantes para retratar o seu papel na vida do pintor. É uma obra com bastante densidade no conteúdo, mas que tenta se aproximar bastante do que aconteceu. O diretor, em entrevista, contou que a produção surgiu a pedido de Pierrete Vernon, sobrinha-neta de Marthe, que queria um filme que retratasse a vida dela com mais fidelidade.

E o grande destaque do longa é a atuação espetacular de Cécile de France que interpreta a protagonista e consegue mostrar todas as facetas dela, o seu perfil ímpar e determinante para os rumos não apenas de uma história de amor, mas também da trajetória de um artista. Com todos os dramas que a personagem tem por tudo que viveu em sua vida. A obra consegue desconstruir um mito de que ela foi uma “musa” que inspirou quadros e traz ao público um retrato intenso do que ela definitivamente foi.

O roteiro do filme é muito preciso e consegue trazer uma história envolvente e eficiente. Isso é fruto de um roteiro muito bem construído e potente que consegue passar uma história para o cinema e fazer uma ótima produção. A fotografia é bem apropriada e a edição consegue passar a profundidade que o filme tem como horizonte e entrega ao público.

A Musa de Bonnard é um fime que consegue passar o que deseja que é trazer a história de Marthe de Méligny de maneira humana e tocante e que também fala de amor. Um ótimo longa para os amantes da arte e de histórias.

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