Crítica: 13 Sentimentos

O longa conta a história de João que é um jovem cineasta que acaba de se separar de Hugo e se tornam amigos próximos. Na busca de um amor, ele se apaixona por Vitor. Entretanto, a volta aos namoros e a tentativa de manter a relação com os dois sai do controle e a vida de João vive muitas emoções. O novo filme de Daniel Ribeiro é um intenso mar de afetos em uma obra com boas atuações e uma produção caprichada.

O longa tem como pano de fundo uma história vivida pelo próprio diretor e roterista. Escrito após superar o processo de separação, Daniel consegue trazer de maneira bastante afetiva o relato e transformou em um filme bem romântico e moderno. Trazer os aplicativos como parte da saga apaixonada do protagonista foi ótima e deu um ar bem contemporâneo a produção. Apps são um reflexo das transformações das nossas formas de criarmos relações e paixões e a abordagem que foi feita é excelente.

As atuações são outra parte que merece destaque. Arthur Volpi que interpreta o João tem uma atuação muito boa e segura passando todos os sentimentos ao público de uma maneira intensa na obra. Vale também enaltecer as boas atuações dos outros personagens neste intenso mar amoroso, Marcos Oli e Michel Josias que, respectivamente, são Hugo e Vitor e são brilhantes em seus papéis.

A fotografia é muito bem construída e consegue passar todo o amor e o sentimento que a produção traz, mesclado com a ligação com o cinema que é muito presente na obra. A edição e a trilha sonora foram feitos de forma apropriada com o que a produção quer atingir.

Após dez anos da estreia de “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, o segundo filme da trilogia de relacionamentos e sentimentos do Daniel é um primoroso filme com muito amor e uma história arrebatadora, moderna e bastante potente e representativa.