

Críticas
Crítica: Antonio Candido, Anotações Finais
Antonio Candido, Anotações Finais é um registro histórico com os registros em seus cadernos entre 2015 e 2017. Com narração de Matheus Nachtergaele, a produção traz os pensamentos do sociólogo, professor e crítico literário sobre a morte, sobre as limitações físicas que a idade traz e o momento que o país vivia.
É uma produção que mostra os registros para o público e o Matheus conseguiu passar o tom certo para esse documentário na narração. Não é algo fácil porque majoritariamente o filme fala sobre finitude e Matheus passou um tom correto e sóbrio.
A edição é ágil e imprime um ritmo cronológico que faz ao espectador mergulhar sobre o pensamento dele sobre a vida e o Brasil de forma coesa. No longa, ele expõe seu incômodo com o processo de impeachment de Dilma Rousseff, aborda os poucos livros que o tocaram até a alma (um spolier: “Os Miseráveis” é um deles) e as diferenças que ele sente ao estar em casa e se deslocando nas ruas aos 97 anos.
O documentário é simples, mas o mais importante não está nas imagens e sim no que é narrado. A sequência cronológica também faz o público pensar sobre a vida e como estaremos nos próximos anos e décadas, inclusive sobre como sentiremos e pensamos sobre a vida. É uma reflexão que mexe com muito quem assiste e é impactante pela forma muito autêntica e forte como ele relata.

Escorel captou com muita sabedoria a sensibilidade e os pontos de vista de um inportante pensador brasileiro em seus momentos finais. O diretor conseguiu nesta produção fazer um filme correto tecnicamente e uma homenagem bastante singela a um importante pensador brasileiro.
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