Crítica: Morando com o Crush

Morando com o Crush conta a história de Luana e Fábio, pai e filha, que compartilham uma coincidência em comum: não tem sorte no amor. Tudo muda quando ele namora com uma colega de trabalho e vai morar com ela. Só que Luana também começa a ter um “crush” com Hugo que é filho de Antônia. Todos vão morar juntos e uma série de acontecimentos se desenrolam enquanto curtem os relacionamentos. A produção é um pouco cansativa, mas tem boas atuações.

A produção tem uma história e um próposito bem interessantes para atrair o público familiar, mas tem problemas para desenvolver uma trama que envolve dois casais com estágios de relacionamentos distintos. O começo é bom, mas no decorrer do longa ela fica confusa com algumas cenas sem sentido e mal roterizadas. O final é bem produzido, contudo é previsível demais.

O ponto alto da história são as boas atuações dos protagonistas. Giulia Benite como a Luana teve uma atuação boa assim como Vitor como o Hugo. A química dos dois ao longo da produção é bem interessante e eles conseguiram se destacar, mesmo com todos os problemas que a produção tem. Também vale destacar as perfomances do outro casal da trama, Fábio Assunção e Carina Sacchelli que fizeram atuações sólidas.

A edição é outro ponto de destaque no longa. Mesmo com o roteiro problemático, a montagem foi eficiente e conseguiu atenuar as dificuldades apresentadas na história. É preciso aqui dizer que a tentativa de atrair todos os públicos é muito bem-vinda, ainda mais mexendo com temas geracionais em comum, contudo a produção pecou na construção da história que é confusa em seu desenvolvimento e que se perdeu no caminho. Apesar disso há diversas qualidades técnicas e de ideias que dão um caminho importante para produções deste porte, o que será cada vez mais relevante com as transformações de nossa sociedade.

Morando com o Crush se esforça, tem méritos louváveis, mas as inconsistências de roteiro no desenvolvimento da produção comprometem a qualidade da obra. Entretanto, os méritos abrem um caminho importante para a criação de filmes que conversem com a família nos novos tempos do nundo.