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Críticas

Crítica: Plano 75

Lucas Furtado

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Plano 75 retrata a história de um plano que tenta controlar o envelhecimento da sociedade japonesa em uma realidade distópica: idosos poderem, voluntariamente, oferecer para o sacrifício. Um vendedor deste projeto, uma idosa que está perdendo os seus meios de sobrevivência e uma jovem trabalhadora filipina precisam lidar com os dilemas sobre vida e morte. A trama é repleta de sentimentos com densidade.  

É uma produção com um roteiro forte, com uma história forte e que mexe com os sentimentos nas diversas camadas. Outro ponto alto é a fotografia da produção que dá o tom do ritmo da história e da abordagem dramática e agridoce que o longa propõe com muita densidade.  

A profundidade que os assuntos são abordados é uma marca na produção, inclusive nas abordagens dos sentimentos. O drama, a raiva, o medo têm uma perspectiva que faz o longa ser diferenciado, tenso e melancólico com muita sensibilidade e sem firulas. 

Plano 75 é um filme que é reflexivo, agridoce e que tem uma produção bastante correta e aspectos técnicos que condizem com a proposta. É um filme que traz propõe reflexões em um momento de significativas transformações demográficas em boa parte do mundo, inclusive o Brasil e propõe falar da vida, longevidade e morte de maneira visceral e tocante.  

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