A Disney leva para as telas de cinema a animação “Mundo Estranho” escrita e dirigida por Qui Nyguen que contou com a codireção de Don Hall. Juntos eles focam na família para desenvolver essa história sobre relacionamentos, comportamentos e meio ambiente.

Um dos pontos mais importantes dessa animação é começar a educar as crianças sobre diversidade tratando o assunto com naturalidade, sem levantar bandeiras ou discussões. A representação de uma família mista com um pai branco, a mãe negra e o filho mulato, e eles tem um cachorro de três patas que é muito amado.

Esse tom implementado na história por Don Hall e Qui Nyguen mostra um caminho acertado em tratar com naturalidade as diversidades. O que é bom porque isso ajuda muito a aplacar o preconceito das pessoas na fase mais importante da formação de um ser humano, a infância.

A história não tem nada demais e acredito que a proposta seja contar algo mais simples para poder mostrar com naturalidade a convivência respeitosa e amorosa entre uma família formada por integrantes diferentes.  Conflitos existem e a vida não existe sem eles. O mundo estranho do filme mostra outra relação, a relação entre seres vivos e o meio em que vivem. Como entender, respeitar e preservar é a trama central e os relacionamentos entre os personagens são as tramas paralelas. Tudo foi feito de forma inteligente para conseguir abordar todos os assuntos que gostariam sem que um não atropelasse o outro. 

Temos uma família de exploradores, Os Clades, que embarcam em uma jornada para salvar o lugar onde vivem. A família é surpreendida por uma nave que leva outros exploradores liderados por Calixto Mal (Lucy Liu / Carla Masumoto) que leva Searcher (Jake Gyllenhall / Marcelo Campos) para salvar o mundo que vivem. Nessa jornada, no meio do caminho Searcher descobre que o filho Ethan (Jaboukie Young-White / Caio Freire) estava escondido na nave em que estava. Ele descobre isso quando sua esposa Meridian (Gabrielle Union /Marisa Mainarte) vai atrás do filho na nave. Como tem que lutar para sobreviver a família enfrenta todos os obstáculos juntas.

O jovem Ethan conversa naturalmente em gostar de outro menino sem conflitos em relação a isso. Toda família leva o assunto com naturalidade sem discutir. O que é um ponto positivo para o filme que mostra que o tema precisa mostrar mais naturalidade do que conflitos e sofrimentos. As crianças não são preconceituosas, são os adultos que as tornam preconceituosas ao educa-lás assim. Quando a animação aborda oasunto de forma natural mostra que temos que viver em um mundo com semelhanças e diferenças que é a realidade da vida. Parabéns a Disney por se arriscar e abrir seu leque de possibilidades.   

Os traços da animação lembra muito “Como Treinar Seu Dragão” da Dreamsworks. O Personagem Jaeger Clade (Dennis Quaid / Luis Antônio Lobue) lembra muito Stoico,  o pai de Soluço.  

A trilha sonora de Henry Jackman é bem adequada ao filme, mas não tem personagem cantando como é tradicional em filmes da Disney. 

A fotografia é bem colorida e vibrante e essa escolha é mais atrativa para os pequenos. 

Os efeitos visuais são interessantes e o destaque fica pelo personagem Splet uma geleca azul que faz amizade com Ethan. Para a geração de agora, a geleca se chama slime. Ao que tudo indica, e isso é mencionado no filme, tem tudo para ter bonecos de Splet em lojas e produtos de marketing. Nesse aspecto, o céu é o limite!

Em 1h42m dessa animação temos um filme para família que pode agradar a todos. 

 

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