Na coluna de hoje vamos falar  da patinação artística , um esporte  que une  técnica , precisão de movimentos e muita criatividade . Uma modalidade onde a dedicação pode levar o atleta ao limite.O resultado de tudo isso ? Apresentações de encher os olhos, dignas de nota dez e muitas das vezes o lugar mais alto no pódio, mas nem  sempre esses incriveis patinadores vivem contos de fada.

A PATINAÇÃO ARTÍSTICA

A combinação entre esporte e arte encontrou seu grande exemplo na Patinação Artística no gelo. A modalidade, uma das mais antigas da história, é a campeã de audiência nos Jogos Olímpicos de Inverno e atrai grande número de torcedores em todo o mundo.

Estima-se que o ato de patinar no gelo exista há 3 mil anos e a combinação entre patinação e arte tenha surgido no Século 18. Contudo, foi no Século 19 que a Patinação Artística tomou forma graças ao trabalho do norte-americano Jackson Haines, que incorporou elementos da dança e do ballet em suas apresentações.

As categorias disputadas em nível olímpico são individual feminino e masculino, patinação em duplas e dança no gelo. Além disso, as quatro são combinadas em um evento por equipes inserido a partir dos Jogos de 2014. Categorias não olímpicas incluem a patinação sincronizada, teatro no gelo e quartetos.

O hábito da patinação teve sua origem na Europa. No começo, patinar era uma maneira de se deslocar, utilizada para atravessar os lagos e canais congelados no Inverno. E assim surgiram os primeiros patins , feitos de ossos de animais, descobertos em lugares como Rússia, Alemanha, Escandinávia, Grã-Bretanha e Suécia. Os ossos eram amarrados rusticamente sob os pés com cordões de couro. Foram os holandeses que inventaram os modelos feitos com lâminas de metal acopladas aos calçados, entre os séculos XIII e XIV.

O FILME

Durante a década de 1990, a patinadora artística Tonya Harding conseguiu superar sua infância pobre e emergir como campeã no Reino Unido e segunda colocada no Campeonato Mundial. Em 1994, ela ficou realmente conhecida quando seu marido, Jeff Gilloly, e dois ladrões tentaram incapacitar uma de suas concorrentes quebrando a perna dela durante um treino às vésperas do campeonato nacional de patinação em Detroit.
Desde muito pequena exibindo talento para patinação artística no gelo, Tonya Harding (Margot Robbie) cresce se destacando no esporte e aguentando maus-tratos e humilhações por parte da agressiva mãe (Allison Janney). Entre altos e baixos na carreira e idas e vindas num relacionamento abusivo com Jeff Gillooly (Sebastian Stan), a atleta acaba envolvida num plano bizarro durante a preparação para os Jogos Olímpicos de Inverno . Baseado em fatos reais.

Na década de 1970,Portland Oregon, Tonya Harding, de quatro anos, é forçada a patinar no gelo por sua mãe abusiva, LaVona Golden. Enquanto Tonya cresce, seus pais a tiram da escola para se concentrar em sua carreira de patinação, e ela treina com a treinadora Diane Rawlinson. Tonya rapidamente se torna uma das melhores patinadoras nos Estados Unidos, mas é retida por sua reputação de “Lixo Branco”, roupas caseiras e escolha não convencional de música performática. Aos 15 anos, ela começa a namorar Jeff Gillooly, de 18 anos, e os dois se casam, mas Jeff se torna violento. Quando LaVona despreza Tonya por suportá-lo, Tonya culpa LaVona por ela tê-la criado mal.

Depois de uma disputa com Diane, Tonya a demite e contrata Dody Teachman como seu treinador. Tonya torna-se a primeira patinadora artística feminina a completar dois triplicados saltos axel na competição. Nos jogos olímpicos de inverno de 1992 Tonya não consegue aterrissar e termina em quarto. Derrotada, ela se muda novamente com Jeff e aceita um emprego como garçonete, mas Diane a convence a treinar para os jogos olímpicos  de 1994. No dia de sua competição de novembro de 1993 no Campeonato Regional do Noroeste do Pacífico, em Portland, Tonya recebe uma ameaça de morte e opta por não competir. Em retaliação, Jeff instrui seu amigo Shawn Eckardt (que diz ser o “guarda-costas” de Tonya) a enviar ameaças de morte à rival de Tonya, Nancy Kerrigan.

Tonya faz um telefonema tentando localizar a arena de treinamento de Nancy Kerrigan e seus tempos de prática. Eckardt contrata dois bandidos ineptos para atacar Kerrigan depois de uma sessão de treinos em Detroit.

Em 6 de janeiro de 1994, os capangas de Eckardt atacam o joelho de Kerrigan; ela não pode competir na competição nacional do dia seguinte. Os capangas contratados são presos.

Eckardt está se gabando até o FBI vir atrás dele. Ele aponta o dedo para Jeff, que fica horrorizado ao saber que Eckardt deu ordens além de enviar as cartas. Tonya se classifica para a equipe olímpica e, por sua vez, fica horrorizada com Jeff, percebendo que ela será considerada culpada por associação. Ela vai ao FBI e diz a eles o que Jeff e Eckardt fizeram, mas mostram a transcrição da entrevista para Jeff depois de sua prisão, e ele corre para casa para confrontá-la. Ela fala brevemente com Jeff, então sobe pela janela, deixando-o para sempre. Jeff implica Tonya, dizendo que ela sabia sobre o ataque.

LaVona visita Tonya e oferece suas amáveis ​​palavras; no entanto, quando LaVona pergunta se Tonya sabia alguma coisa sobre o crime, Tonya enfia a mão no bolso da jaqueta de LaVona e encontra um gravador e joga a mãe para fora de casa. Jeff, Eckardt e os capangas são acusados, com a audiência de Tonya adiada até depois das Olimpíadas. Tonya termina em oitavo e Nancy Kerrigan conquista a medalha de prata.

Tonya evita a prisão, mas é banida da patinação artística competitiva por toda a vida. Desolada, ela pede ao juiz que lhe dê tempo de prisão, mas não para tirar a única coisa que sabe fazer; o juiz se recusa e diz a ela que sua decisão é tomada. Jeff reconhece com sincero pesar que ele arruinou a carreira de Tonya. Ele muda de nome, se casa novamente, abre um salão de cabeleireiro, se divorcia; ele atualmente mora perto de Tonya, apesar de não ter contato com ela, com sua terceira esposa e dois filhos.

CURIOSIDADES DAS GRAVAÇÕES

Lançado em 2017, o longa-metragem dirigido por Craig Gillespie dialoga com o documental e o ficcional para narrar a trajetória de Tonya Harding, patinadora no gelo norte-americana que foi de promissora a odiada no país nos anos 1990, depois que Nancy Kerrigan – sua principal oponente no esporte – teve um de seus joelhos atingido por um golpe com um bastão de metal. Na época, Jeff Gillooly, então esposo de Tonya, foi o principal suspeito.

Indicado a três categorias do Oscar 2018, tendo levado a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante com Allison Janney, Eu, Tonya conta com Margot Robbie no papel principal e possui algumas “fofocas” de bastidores que dão toques especiais à produção.

Para não danificar os cabelos naturais, Margot Robbie precisou usar perucas, porém, os profissionais da caracterização tiveram que usar um produto nada convencional a fim de dar a textura ideal aos fios artificiais: cerveja! Isso porque os produtos disponíveis não davam o resultado que queriam.

Em uma entrevista para o site The Hollywood Reporter, a cabeleireira Adruitha Lee disse que apelou para cerveja barata para moldar as perucas porque só conseguiria o visual único de Tonya usando produtos não convencionais.

Margot tinha apenas quatro anos quando o escândalo envolvendo Tonya Harding tomou proporções midiáticas. E ela morava na Austrália, seu país natal, por isso não tinha conhecimento do caso e acreditava que toda a história do filme era inventada até que recebeu o roteiro final.

A ex-patinadora Sarah Kawahara foi contratada para ensinar as coreografias à Margot Robbie e às outras atrizes. O interessante é que Sarah foi treinadora de Kerrigan para um evento de televisão em 1995, o Nancy Kerrigan Special: Dreams on Ice, além de ter sido responsável pela coreografia da Olimpíada de Inverno de Salt Lake City, em 2002.

Craig Gillespie, antes de ser um diretor de cinema, também trabalhou com Kerrigan  no período em que ela atingiu o auge no esporte. Gillespie dirigiu um comercial para uma marca de sopa com Nancy como protagonista.

Por conta dos movimentos exaustivos de patinação no gelo aos quais a atriz não estava acostumada, Margot Robbie sofreu uma lesão de hérnia de disco próxima ao pescoço, o que a fez pensar em deixar o filme.

O trabalho criou notoriedade e transformou história em filmes aclamados, como Quem Quer Ser um Milionário? (2008), Argo (2012) e O Discurso do Rei. Em 2016, Eu, Tonya estava nessa lista ao lado de The Post.

 

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