Levantes populares são sempre fontes de possibilidades de poder trazer diferentes óticas no cinema. Em Nardjes A., o espectador tem a oportunidade de ter um olhar sobre os levantes contra a corrupção, em favor de eleições limpas e da democracia na Argélia sob a perspectiva de uma ativista. 

Tecnicamente, a construção do filme é bem correta e traz um olhar sobre as manifestações que atingiram o país durante seis semanas. Um detalhe que chama a atenção é a pré-produção ter sido feita por um smartphone. É uma prova que a tecnologia pode ajudar na construção de longas sobre grandes assuntos. Isso foi comprovado pela produção feita em 2019 e cada vez mais com as facilidades que os aparelhos oferecem para produções audiovisuais que complementam a produção. 

Outro ponto elementar do documentário tecnicamente falando é trazer a rotina de uma ativista que participa destes atos e que ajuda a construir a história. Consegue captar o que o que o documentário tem de propósito e trazer o que os manifestantes fizeram nas ruas. 

Trazer este ponto de vista que sempre de quem está na rua e participando destes levantes é um olhar relevante e significativo para contar um movimento histórico e isso o filme trouxe em sua essência. É um longa que consegue contar esta importante nuance sobre os protestos. 

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