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No dia 5 de agosto, sexta feira o mundo inteiro parou para assistir a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. A expectativa era grande, mas a surpresa foi maior, um dos mais belos espetáculos já visto em todas as edições dos Jogos Olímpicos. Criatividade, originalidade, inteligência e emoção foram a força do espetáculo criado pelos três cineastas Fernando Meirelles, Andrucha Waddington e Daniela Thomaz convidados pelo diretor geral da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, Abel Gomes.

Como se fosse um filme, o espetáculo reservou surpresas e trabalhou uma história com começo, meio e fim bem definidos, onde tudo funcionou com a participação de voluntários coreografados por Deborah Colker, uma das nossas mais importantes coreógrafas. Efeitos foram criados para nos contar a história desde a formação do mundo e a formação do Brasil. Como o Brasil é formado por índios, europeus e africanos a história foi muito bem contada e emocionou a todos.

Emocionante também foi o vídeo exibido sobre a natureza com o poema de Carlos Drummond de Andrade nas vozes de duas das maiores atrizes de cinema do mundo, a britânica Jodi Dench e a nossa Brasileira Fernanda Montenegro.

A modelo eternamente Top do mundo, a brasileira Gisele Bündchen, emocionou a todos com o mais importante desfile da sua carreira. Ela representou a tão famosa “Garota de Ipanema”, música de Tom Jobim e executada por seu neto Daniel Jobim.

A cultura popular das periferias esteve presente nas vozes das funkeiras Ludmila,  Mc Sofia e Carol Conka, e a grande estrela da MPB e do Samba Elza Soares.

Jorge Benjor tocou sua mais famosa canção mundo a fora e a mais popular no Brasil, “País Tropical”. Que colocou o Maracanã em peso para cantar e dançar. Ao lado da atriz Regina Casé que mandou seu recado sobre o tema dessa edição dos Jogos: Respeito a diversidade e ao meio ambiente.

E falando em meio ambiente, pela primeira vez, as delegações entraram no desfile de forma diferente. Uma bicicleta com um pequeno jardim e uma placa com o nome da delegação abriu caminho para os atletas e membros da delegação que passaram em meio a alegria contagiante do Maracanã, e fechando a delegação uma bateria de Escola de Samba passavam. Ao chegarem ao local onde cada delegação deveria ficar, todos os atletas plantavam sementes para reflorestar o planeta.

O hino nacional teve sua melhor execução na voz doce e marcante de Paulinho da Viola que imprimiu elegância e amor ao nosso país no hasteamento da bandeira brasileira onde atletas de ouro de edições anteriores dos Jogos Olímpicos estavam prestando sua homenagem.

O mundo viu uma réplica do 14 bis sobrevoar o Rio com o pai da aviação, Santos Dummont, informação que muita gente em outros países desconhecia.

Como o batimento cardíaco e a emoção já estavam a flor da pele, entra um dos maiores tenistas de todos os tempos, Guga com a tocha Olímpica que percorreu várias cidades pelo mundo até chegar ao seu destino final, O Maracanã. Ele entrega a tocha para a rainha do basquete, Hortência que por sua vez, entrega a um dos mais importantes atletas brasileiros o maratonista Vanderlei de Lima que acendeu a primeira pira olímpica diferente da história dos Jogos. Uma pira ecológica desenhada por um artista plástico americano que tem como foco peças em movimento. Uma réplica da pira está acesa na candelária, no centro do Rio e foi acessa por um jovem atleta da mangueira de 14 anos, Jorge Gomes.

Só podemos agradecer aos nossos cineastas pelo trabalho magnífico em conjunto com cada integrante que participou desse grande e inesquecível espetáculo.

A bandeira Olímpica foi carregada por seis atletas, uma médica e uma juíza. Os atletas são: Emmanuel Rego e Sandra Pires do Volei de Praia, o velocista Joaquim Cruz, Oscar Schmidt do basquete, Marta do Futebol feminino e Torben Grael da Vela. Completando a condução da bandeira olímpica estão a Dra. Rosa Célia Pimentel cardiologista infantil que é fundadora e diretora do Pró Criança Cardíaca e a Juíza Ellen Gracie, defensora das causas feministas.

Os juramentos foram lidos pelo velejador Robert Scheidt, bicampeão olímpico que participa da sua sexta Olimpíada, que leu o juramento dos atletas, Martinho Nobre do atletismo leu o juramento dos árbitros e Adriana Santos do basquete leu o juramento dos técnicos.

Logo após o juramento,  o mestre do Samba Wilson das Neves relembra os nomes sagrados do ritmo mais popular do Brasil mundo a fora. Enquanto a experiência do mestre faz o som, um menino de 8 anos mostra que as crianças aprendem a sambar desde cedo. É o encontro entre o antigo e o novo, onde o presente se faz valer entre o passado e o futuro. Afinal, nós somos agora o que plantamos no passado e é agora que plantamos para o futuro.

Dois grandes representantes da música brasileira no exterior, Caetano Veloso e Gilberto Gil, convidaram a cantora Anitta para cantar “Sandália de Prata” de Ary Barroso enquanto os representantes das doze Escolas de Samba do grupo especial entram no estádio em cores fortes e vibrantes. A Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira abriu a entrada das escolas no Maracanã e  a bateria das doze escolas encantaram mostrando força, garra, emoção e alegria do nosso carnaval, a maior festa popular do mundo.

A Chama olímpica é anunciada e um silêncio toma conta do Maracanã para ver quem será o atleta a entrar no com a Tocha olímpica. Como tradição nos jogos, os três atletas em dentro do estádio do evento são sempre atletas importantes para o esporte e principalmente para o seu país. E é quando o público percebe Gustavo Kuerten, um dos maiores tenistas de todos os tempos que é aplaudido de pé com o já famoso calor do público brasileiro.

Guga entrega a tocha para a Rainha do basquete, Hortência. Uma das maiores jogadoras de basquete de todos os tempos que está no hall da fama dos atletas nos EUA, na terra do basquete. A expectativa aumenta para ver quem vai ser o último a receber a tocha e acender a pira olímpica. A grande apoteose dos Jogos Olímpicos.

O público presente reage com emoção ao ver Vanderlei Cordeiro de Lima, um dos mais importantes maratonistas do mundo. Como emoção pouca é bobagem para brasileiro, Vanderlei acende uma pira diferente, a primeira pira ecológica da história dos Jogos Olímpicos. A pira foi criada para emitir o menor números de gases que podem danificar o meio ambiente. A pira é elevada até chegar no centro de uma escultura magnifica do artista plástico americano, Anthony Howe, um especialista em esculturas com movimentos. A escultura se movimenta abrindo como se fosse um sol ampliando a luz da tocha. Em seguida uma explosão de luzes circunda o Maracanã e forma o símbolo olímpico dos arcos que representam os continentes: Américas, Africa, Asia, Europa e Oceania.

Como faz parte da cultura carioca a saideira é aquele momento quando acaba não acaba, sempre tem a saideira. Uma réplica da Pira Olímpica está na Candelária, no centro do Rio onde a pira foi acessa pelo jovem atleta de 14 anos, Jorge Gomes. Ele faz parte do projeto esportivo da Mangueira que representa nosso futuro olímpico.

O evento conta com delegação de 207 países, 10 mil atletas, 42 modalidades esportivas, e uma cidade hospitaleira, calorosa apesar dos problemas que enfrenta. Até porque, problemas sempre existiram e sempre vão existir, mas não importa o momento o carioca adora receber visitas e o brasileiro é determinado quando se propõe a fazer alguma coisa. O dito popular já diz: Sou Brasileiro, não desisto jamais!

Para o cinéfilo de plantão que quer entrar no clima olímpico, aqui vão algumas sugestões de filmes sobre Esportes:

  1. MUNIQUE de Steven Spielberg (1972 / EUA)

O filme de Spielberg é baseado no livro que reconta a história real do atentado aos Jogos Olímpicos de Munich, na Alemanha em 1972. Concorreu a 5 Oscars e 2 Globos de Ouros.

  1. OURO, SUOR E LÁGRIMAS de Helena Sroulevich (2015 / Brasil)

Documentário de Helena Sroulevich fala sobre a preparação das seleções brasileiras feminina e masculina de Voleibol para os Jogos Olímpicos de Londres 2012. O filme conta com ótimos depoimentos dos atletas e comissão técnica e muitos esclarecimentos de algumas situações que as duas equipes passaram durante sua jornada.

  1. CARRUAGENS DE FOGO de Hugh Hudson (1981 / Reino Unido)

O filme mostra a preparação olímpica da seleção Britânica de atletismo para os Jogos Olímpicos de 1924 em Paris. A Canção composta pelo músico grego Vangelis “Chariots of Fire” virou hino oficial de maratonas ao redor do mundo até hoje. O filme recebeu 7 indicações ao Oscar e levou 4 nas categorias: Melhor Filme, Roteiro Original (Coliin Willand), Figurino e Trilha Sonora (Vangelis), Direção, Ator Coadjuvante (Ian Holm) e Melhor Edição (Terry Rawlings). Além do Oscar, o filme tem prêmios como BAFTA, Globo de Ouro, NYFCC e Academia Japonesa de Cinema.

  1. INVENCÍVEL DE ANGELINA JOLIE (2014 / EUA)

O segundo filme da atriz Angelina Jolie como diretora. O filme é um drama biográfico baseado no livro de Laura Hillenbrand “A World Warr II: Story of Survival, Resiliance and redemption”. A trama gira em torno da vida do atleta olímpico americano Louis Zamperini, ou simplesmente Louie. Interpretado por Jack O’Connell ele reconta a história do atleta olímpico que sobreviveu numa balsa por 47 dias depois de um desastre aéreo durante a Segunda Guerra Mundial. Ao ser apanhado pela Marinha Japonesa é enviado para uma série de campos de prisioneiros de guerra.

  1. FOXCATCHER de Bennet Muller (2015 / EUA)

O filme é baseado na história verídica do campeão olímpico de luta greco-romana, Mark Schultz (Channing Tatum), que sempre treinou com seu irmão mais velho, David (Mark Ruffalo), também campeão olímpico, e que é tratado como uma lenda no esporte. Um dia Mark recebe um convite para visitar o milionário John du Pont (Steve Carell) em sua mansão. Apaixonado pelo esporte, du Pont oferece a Mark que entre em sua própria equipe, a Foxcatcher, onde teria todas as condições necessárias para se aprimorar. Atraído pelo salário e as condições de vida e de trabalho oferecidas, Mark aceita a proposta e, assim, se muda para uma casa na propriedade do milionário. Aos poucos eles se tornam amigos, mas a difícil personalidade de du Pont faz com que Mark acabe seguindo uma trilha perigosa para um atleta, acabando com um resultado trágico. Foi indicado a 5 Oscars, 2 BAFTAS, 2 Critic’s Choise Awards, 3 Globos de Ouro e 2 SAGAs.

  1. PATETA NAS OLIMPÍADAS de Jack Kinney (1942 /EUA)

As crianças não podem ficar de fora e tem também seu filme olímpico. Um dos personagens mais carismáticos da Disney, Pateta passeia por diversas modalidades olímpicas nessa animação de 1942.

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