Crítica: Velozes e Furiosos 9

Por: Andréa Cursino

Teste

 

Depois de muita espera, a franquia “Velozes e Furiosos” chega ao nono filme. O diretor Justin Lin também roteirizou o longa em parceria com Daniel Casey. Continuando a história da grande família de Domenic Toreto (Vin Diesel) depois dos acontecimentos de “Velozes e Furiosos 8”, onde a vilã Cipher (Charlize Theron) escapou e deixa a equipe em alerta. Enquanto Dom se esconde com Letty (Michelle Rodriguez) e seu filho com Helena (Elsa Pataki), Brian, interpretado pelos gêmeos Isaac e Immanuel Holdane, Sr.  Ninguém (Kurt Russel) vai a caça da vilã. A calmaria na vida dos três é interrompida pelo trio, Tej (Chris “Ludracris” Bridges), Ramsey (Nathalie Emmanuel) e Roman (Tyrese Gibson) que buscam Dom e Letty para resgatar o Sr. Ninguém que capturou Cipher e durante o voo foi atacado por um agente desgarrado. Além de resgatar o Sr. Ninguém, eles tem que achar novamente a Cipher.

 

O roteiro é interessante, mas deixa um buraco importante na história, a primeira missão é resgatar o Sr. Ninguém, e simplesmente depois que Dom descobre que o agente desgarrado é seu irmão, os roteiristas esquecem do Sr. Ninguém no resto da história. O que é o ponto fraco no roteiro que tem muitos pontos interessantes. Um deles é contar a história da família Toreto e porque Dom foi preso quando bem jovem. Existe um acerto de contas entre os irmãos, onde Dom e Jason (John Cena) tem seu embate particular, enquanto Mia (Jordana Brewster) fica entre eles. Trazer Mia de volta para ação, também foi inteligente. Enquanto ela vai para a ação, Brian (Paul Walker) ficou de guardião das crianças, já que Cipher, usou o filho de Dom e Helena, o pequeno Brian para controlar Toreto. O detalhe é que a equipe optou por não matar o personagem Brian depois da morte de Paul Walker. Então foi uma boa estratégia. Uma pena é que Cipher ficou um pouco sem função no filme.

 

Um avanço é que apenas no nono longa da franquia as mulheres foram retratadas com mais respeito nas cenas clássicas da série de juntar carros que vão competir com mulheres com roupas excessivamente curtas e decotadas, desta vez, as mulheres estavam bem-vestidas sem vulgaridade. Antes tarde do que nunca.

A volta de Han (Sung Kang) foi muito bem explicada e trouxe mais uma personagem para o grupo, Elle (Anna Sawai). Outra volta foi um ponto positivo para o filme, Helen Mirren retorna com sua personagem divertida, Quinnie Shaw, mãe de Decklan, Owen e Hattie (Jason Sthatam, Luke Evans e Vanessa Kirby).

Um dos grandes trunfos é a montagem feita pelo trio Greg D’Auria, Dylan Highsmith e Kelly Matsumoto que é fundamental para fazer o filme funcionar. É a montagem quem dita o ritmo do filme e valoriza os efeitos visuais. E como não poderia ser diferente, a Trilha sonora de Brian Tyler funciona muito bem com a proposta do filme.  A direção de arte caprichou nos cenários e adereços de cena.

Agora, não tem como não falar sobre esse ponto. Velozes e Furiosos está na lista dos filmes que tem cenas mentirosas. Os fãs até esperam por elas. Em todos os filmes sempre tem uma, só que a cada filme, a franquia exagera. Quando você pensa que eles não podem se superar nos exageros, o filme apresenta uma mentira mais escalafobética que a anterior. E nessa a produção extrapolou no exagero não apenas em uma cena, mas em algumas culminando com a ida de Tej e Romam para o espaço em um carro adaptado por Sean (Lucas Black) e seus dois amigos loucos Earl (Jason Tobin) e Twinkie (Shad Moss). Para quem assistiu todos os filmes da franquia, Sean era o personagem central do “Velozes e Furiosos 3: Desafio em Tokio” e Earl e Twinkie eram seus amigos assim como Han (Sung Kang). Foi bom trazer esses personagens de volta, mas só poderiam ter aproveitado melhor esses personagens. Essa parte de transformar um carro em foguete espacial vai chocar mais os profissionais da NASA do que o público comum que pode comprar a ideia como mais um absurdo clássico da franquia. De repente, Tej e Romam sem preparo nenhum vão para o espaço com a missão de desestabilizar o sinal emitido por um sofisticado equipamento que será enviado para um satélite. A roupa da dupla é mega improvisada e realmente lembra a roupa espacial do Gru, personagem de “Meu Malvado Favorito” com a cor dos Minions.

Enfim,  “Velozes e Furiosos 9” é um filme para entretenimento e vai agradar aos fãs da franquia, mas de cara, não é o melhor dos 9 filmes.

 

 

 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui