Parte 2: Falcão e o Soldado Invernal
Depois de Wandavision mexer com a empolgação dos fãs em um projeto inovador e com valorização dos personagens, chegou a vez de “Falcão e o Soldado Invernal” que tem uma pegada diferente de Wandavision, é ação e ciência andando juntinhas com muitas informações desse vasto universo MCU. Quem gostou do filme: “Capitão América 2: Soldado Invernal” vai gostar dessa série.
A TEMPORADA
A série tem 1 temporada com seis episódios. Sabemos que tudo está conectado entre os filmes e as novas séries que estão divididas por fases. Essa é a segunda série desse universo e algumas respostas para algumas perguntas foram colocadas.
Episódio 1. Nova Ordem Mundial (49 minutos)
Episódio 2. O Herói Americano (50 minutos)
Episódio 3. Mercador do Poder (53 minutos)
Episódio 4. O Mundo Está Vendo (54 minutos)
Episódio 5. Verdade (1h)
Episódio 6. Um Mundo, Um Povo (52 minutos)
Vamos nos localizar para entender toda a trajetória de “Falcão e o Soldado Invernal”. A série se passa depois dos acontecimentos de “Vingadores: Guerra Civil” e “Vingadores: Ultimato”, onde os dois foram blipados ao estalo de Thanos em Guerra Civil, dizimando um terço dos seres vivos do universo. Depois foram trazidos de volta pelos Vingadores sobreviventes, e dessa vez foi Hulk quem estalou os dedos na manopla construída por Tony Stark, Bruce Banner e Rocket. De volta a vida, surgem os problemas que todos que tiveram um hiato de 5 anos passaram a ter. Como voltar a ocupar seu lugar no mundo?
Outra questão é a amizade que tem entre os três amigos Vingadores, Sam, Steve e Buck. O choque de descobrir que Buck não era o único Soldado Invernal foi descoberto em “Vingadores: Guerra Civil” e agora eles descobrem que isso se tornou algo pior. Enquanto eles encontram seu lugar no mundo, tem que lidar com problemas com um exército de revolucionários aditivados com o super soro replicado por um cientista da HYDRA. Eles precisam salvar o mundo, e Buck ainda busca a redenção de todo o mal que fez e causou enquanto estava sob o controle da HYDRA como o Soldado Invernal. Outro fator é lidar com o Barão Zemo, quem causou bastante estrago na vida de Buck, Capitão América, Sam, e todos os Vingadores que ficaram ao lado do Capitão América em “Capitão América: Guerra Civil”. Zemo é responsável pela morte do Rei de Wakanda, o Rei T’Chaka, pai do príncipe T’Chala, o Pantera Negra.
Sam e Buck vão também resgatar alguns amigos nessa série, a começar por Rhodes, o Máquina de Combate, Sharon Carter e a amiga Ayo, da guarda de Wakanda, que ajudou a cuidar de Buck quando esteve sob os cuidados do Rei T’Challa, o Pantera Negra. Enquanto esteve em Wakanda para que Suri conseguisse salvar Buck do domínio da Hydra e qualquer outro inimigo eminente. Para os Wankandanos Bucky ganhou o nome de Lobo Branco.
A trama é rica em informações e tem um bom ritmo de ação que quem quiser maratonar os seis episódios vai fazer isso fácil, fácil. Os episódios ficam em torno de 49 minutos à 1h de duração. Cada um tem uma duração.
O roteiro é interessante e deixa um mistério em cima da personagem de Sharon Carter. Ela foi uma das pessoas afetadas por ajudar o Steve em “Vingadores: Guerra Civil”, Ela era agente de alta patente da CIA e a ajuda em devolver para Steve e Sam suas armas, custou a ela não só emprego, mas a permanência nos Estados Unidos. Questões sociais são discutidas na série como crise econômica e racismo e como os negros se sentem representados por Falcão. Muito o chamam de Falcão Negro.
O Barão Zemo é a pessoa que pode ajudar Sam e Buck a solucionar o problema com os Super Soldados, já que ele é radicalmente contra esse experimento. E eles ainda lidam com uma decisão errada de Sam. Ele resolve doar o escudo do Capitão América para o museu dele, já que ele quer continuar sendo o Falcão e ele não acredita que possa existir outro Capitão América além de Steve Rogers. Para variar, o Governo faz bobagem em lançar um novo Capitão América e escolhe um soldado que não tem nada de Steve Rogers, nem seus princípios e nem sua personalidade. Outra missão é incutida aos dois Vingadores, resgatar o escudo do Capitão e tirar de campo John Walker, o Super Patriota. Uma curiosidade é que o ator Wyatt Russel que interpreta esse personagem, fez teste para o Capitão América.
Não só a trama é boa, mas a qualidade técnica dessa série é impecável! A fotografia do canadense PJ Dillon é deslumbrante e valoriza todo trabalho técnico, também não poderia ser diferente, Dillon é o ganhador do prêmio Irish Film and Television Awards por seu trabalho na série “Game Of Thrones”. Dillon trabalhou com a diretora da série, Keri Skogland em outras séries de sucesso como: “O Conto da Haia”, “Penny Dreadful” e “Vikings”.
A Disney/Marvel tem apostado nas diretoras e a diretora canadense Keri Skogland mostrou que tem talento e visão não apenas para dirigir uma boa série de ação, mas também uma peça importante de um todo respeitando todas as ligações e elementos que os torna um belíssimo conjunto da obra. Ela nos proporciona ótimas cenas de ação e tomadas incríveis dos voos do Falcão. Ela acertou em cheio!
Os atores estão bem dirigidos e seus personagens foram bem explorados. Não precisamos falar sobre o talento dos dois protagonistas que já interpretam esses personagens há alguns anos. Anthony Mackie e Sebastian Stan estão perfeitos! O roteiro permitiu que Buck tivesse um desenho maior pelo desenvolvimento do personagem ao longo dos filmes, proporcionando a Sebastian Stan uma interpretação variada em um único personagem. A redenção é sempre uma fonte rica para o ator explorar seus talentos. Já Anthony Mackie não é um personagem em busca de redenção, pelo contrário, é um cara em busca de seu espaço depois de 5 anos no blip. O seu desenho está nos questionamentos que ele faz, e nas fiosofias e construção sociológica do personagem. Dois trabalhos riquíssimos!
Os vilões são bem desenvolvidos e são trabalhados na sutileza. Eles transitam entre o mal feito e suas motivações. O interessante das motivações é que elas não justificam a maldade, eles mostram que podem ser melhores, se quiserem, e é nesse ponto que questionamos, eles querem ser melhores? Sua missão aqui é descobrir quem é o verdadeiro vilão.
Uma personagem misteriosa entra no fim da série vivida por Julia Louis-Dreyfus. Ela se apresenta como Contessa Valentina Allegra de Fontaine. Quem será essa dona? Ela vai aparecer mais para frente e vamos descobrir mais esse mistério.
A trilha sonora do britânico Henry Jackman eleva cada episódio em um clima empolgante e é a cereja desse bolo! Um misto de diferentes ritmos compõe cada cena. A trilha é eclética e é composta estilos variados que vai de música clássica, passando por Edith Piaff, black music dos anos 70 e chegando ao hip hop.
E para ser tão empolgante é preciso de uma edição caprichada. É a edição quem dá o ritmo do filme ou da série. Jeffrey Ford editou as cenas de toda a temporada e contou com a ajuda de Todd Desrosiers, Kelley Dixon e Rosanne Tan. A cenas de luta do Falcão com seu uniforme novo é empolgante! Isso também vale para o figurino da série criados pela dupla Michael Crow e Eric Daman. Todos impecáveis tanto na elegância, quanto na funcionalidade. É muito bom ver Buck Barnes progredindo e caminhando na sua jornada de redenção. Suas roupas e cabelo mostram essa evolução.
Os efeitos visuais impressionam pela competência e nem parece que estamos assistindo uma série, parece que estamos assistindo um filme de grande orçamento por tamanha qualidade.
As Ligações
A série tem ligação com os filmes: “Capitão América: O Primeiro Vingador”, “Capitão América2: Soldado Invernal”, “Capitão América: Guerra Civil”, “Vingadores A Era de Ultron”, “Vingadores: Guerra Infinita” e “Vingadores Ultimato”. Depois da série, a ligação será com “Pantera Negra 2” e “Capitão América 4”.
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No fim temos uma série que abre possibilidades de muitas discussões sociais, psicológicas, políticas, e de ética humana.
Aproveite a série e fale sobre o que achou da série nos comentários. A terceira parte da série volta com Loki.
Até lá!
