A Sombra de Caravaggio propõe trazer um retrato denso de um dos maiores nomes da arte no mundo. Em seus momentos bons e ruins, há a tentativa de trazer uma abordagem humana do protagonista. O resultado é um filmes com qualidades técnicas como fotografia e edição, mas a história de vida não é interessante para um longa. 

A edição é um dos pontos positivos porque ela conseguiu tornar ágil o filme, mesmo que a história fosse extremamente problemática, e ajudou atenuar os desafios que a história traz. A fotografia é muito bem construída e para o filme de época conseguiu dar qualidade e realçar o filme. Outro destaque é a atuação de Isabelle Huppert que consegue se destacar no longa.

Mesmo com aspectos bons, o negativo se sobressai: a história não é atraente, é bem arrastada e isso ajuda o longa a ser complexo, óbvio e, por algumas vezes, cansativo. Apesar do pintor ter grandes contribuições na história da arte e seu trabalho ter um grande legado até hoje, o lado pessoal não consegue ser exposto de uma maneira interessante e isso não é culpa da direção, mas da própria história. É ela que o maior complicador da produção que torna difícil assistir do começo ao fim. 

Cansativo, complexo e, em determinados momentos, chegando a ser arrastado, o filme não consegue cumprir o seu objetivo de trazer este olhar que se propõe a trazer ao público. É nítido os esforços da direção em fazer uma obra rica e interessante, mas ela é complexa demais para um filme e isso o tnra difícil. Entretanto, A Sombra de Caravaggio consegue confirmar a tese de que nem toda história se torna para virar um filme, por mais ilustre que seja o personagem. 

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